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Itália apresenta projeto para reconstruir arena do Coliseu

Ansa
Coliseu

O ministro de Bens Culturais da Itália, Dario Franceschini, apresentou neste domingo (2) um plano ambicioso de reconstrução da arena do Coliseu de Roma, o que permitirá a realização de eventos no antigo anfiteatro.

O projeto, o desafio mais ambicioso e contestado do político, foi revelado no dia em que a empresa de engenharia veneziana "Milan Ingegneria" venceu a licitação do governo italiano.

"É um projeto ambicioso que ajudará a conservação e proteção das estruturas arqueológicas, recuperando a imagem original do Coliseu e também restaurando sua natureza como uma complexa máquina cênica", afirmou Franceschini.

O custo da reconstrução é estimado em 18,5 milhões de euros, e as obras devem começar até o fim de 2021 ou início de 2022, com previsão de conclusão em 2023, de acordo com a diretora do Parque Arqueológico, Alfonsina Russo.

Segundo os designers da Milan Ingegneria, a estrutura será "extremamente leve, de alta tecnologia e sustentável, além de totalmente reversível".

As vigas serão colocadas diretamente sem ancoragens mecânicas, enquanto que o piso será feito com uma série de painéis móveis de alta tecnologia confeccionados em fibra de carbono e revestidos com madeira accoya, um madeira muito resistente e com maior durabilidade.

Além disso, a movimentação desses painéis permitirá a abertura das estruturas subterrâneas, garantindo a ventilação e iluminação do subsolo.Ao longo do perímetro do monumento, 24 unidades de ventilação mecânica controlarão a umidade e a temperatura das salas.

O plano protegerá as estruturas subjacentes, reduzindo a carga hídrica com um sistema que recolherá a água da chuva para a preservação das ruínas e também para ser utilizada nos banheiros públicos do monumento.

A ideia apresentada hoje é considerada apenas um esboço, tendo em vista que vai demorar mais meses para a empresa vencedora desenvolver o projeto "oficial". Neste período, um novo edital será lançado para identificar a empresa que ajudará na construção.

A expectativa é de que o plano não seja "invasivo", ou seja, não modifique as características do antigo anfiteatro romano, que foi inaugurado em 80 d.C. e costumava ser palco de batalhas de gladiadores e jogos para entreter a plebe. Atualmente, o monumento considerado patrimônio da Unesco é um dos mais visitados em toda a Itália. 

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