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Jornal O Popular lança anuário em ação inédita

Fábio Lima
Pré-lançamento do Anuário Goiás na CBN Goiânia com os jornalistas Marcos Carreiro, Cileide Alves, Luiz Geraldo e Caio Salgado

O jornal O Popular lançou, nesta quarta-feira (16), o Anuário Goiás 2023-2024, documento com informações sobre infraestrutura, economia, administração e série histórica de dados sobre o estado e seus municípios. A publicação é feita no contexto de comemoração dos 85 anos do jornal e de 300 anos da colonização de Goiás.

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O anuário foi organizado em cinco capítulos e tem colaboração do Instituto Mauro Borges (IMB). A primeira parte traz detalhes sobre os 246 municípios goianos. O documento revela, por exemplo, que 36,9% da população de Goiás está na Região Metropolitana de Goiânia.

A publicação também mostra que 25,2% das cidades têm Produto Interno Bruno (PIB) composto em maior parte por serviços públicos. Foram compilados ainda dados sobre educação e saúde de cada município, como quantidade de escolas, hospitais e leitos.

Este capítulo detalha ainda informações sobre Goiânia, como histórico, lista de prefeitos, estrutura administrativa, despesa com servidores públicos, fontes de arrecadação, desempenho da educação municipal e quantidade de habitantes por bairro (o Jardim América é o setor com maior população, 49.157 pessoas). No anuário, é possível visualizar também a quantidade de escolas por bairro. O setor Bueno é o mais contemplado com instituições de ensino, são 37.

O segundo capítulo traz informações sobre o estado de Goiás, com dados sobre a estrutura do Executivo e de serviços públicos e particulares. O anuário mostra, por exemplo, que 88,6% da população goiana é atendida com abastecimento de água. O documento aponta também que dos 29.432,76 quilômetros de rodovias (federais e estaduais) 56,5% são pavimentadas.

Já o capítulo 3 trata sobre o Legislativo (senadores, deputados federais e estaduais, vereadores do interior e da capital). O documento aponta que os 61 senadores e deputados (federais e estaduais) têm domicílio eleitoral em apenas 24 dos 246 municípios goianos. Além disso, 39,3% (24 parlamentares) votam em Goiânia.

O foco do capítulo 4 é o Judiciário, com dados sobre os Tribunais de Justiça de Goiás (TJ-GO), Regional Eleitoral (TRE-GO), Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-18/Goiás) e Justiça Federal - Seção Judiciária de Goiás, suas respectivas competências, além de informações sobre os desembargadores e juízes.

A última parte do anuário trata sobre a presença de órgãos federais em Goiás, e aponta que Correios tem a maior representação nos municípios, com 358 agências.

Iniciativa

A publicação do Anuário Goiás é uma iniciativa pioneira para um veículo de comunicação do estado. O documento tem 272 páginas na versão impressa e 468 na digital. A diferença é que no impresso foram apresentados detalhes dos 50 municípios com os maiores PIBs. Já na versão digital é possível conferir informações aprofundadas sobre as 246 cidades de Goiás.

O pré-lançamento do documento foi realizado na terça-feira (15), em edição do Café com CBN. O programa especial da CBN Goiânia contou com a participação dos jornalistas Caio Henrique Salgado, Cileide Alves, Fabiana Pulcineli e Marcos Carreiro. Cileide é curadora do anuário, Marcos é especialista em dados e coordenador técnico do projeto e Fabiana e Caio participaram da coleta de informações.

Ferramenta

“A expectativa é que o anuário se consolide como um grande e importante compilado de informações para quem investe e quem quer investir em Goiás”, destaca Ronaldo Ferrante, vice-presidente de Negócios do GJC. “Sua edição bilíngue também serve para atender à demanda do público estrangeiro interessado em conhecer o estado. Que ele sirva para definição de políticas públicas, além de consultas para amplos segmentos da sociedade. É, sem dúvida, um importante e rico documento para tomada de decisões no estado”, afirma Ferrante.

Cileide afirma que o documento sintetiza o que Goiás se tornou em seus 300 anos de colonização. A jornalista destaca que, apesar do longo período, o estado ganhou estrutura a partir do século 20, com a construção de Goiânia e de Brasília. “Está na origem do GJC contar e registrar a história de Goiás”, disse a jornalista.

Para Cileide, os dados sobre dependência econômica dos municípios goianos em relação a serviços públicos, o porcentual de rodovias pavimentadas e quantidade de parlamentares ligados à Região Metropolitana de Goiânia estão entre os pontos que mais chamam atenção no anuário.

O governador Ronaldo Caiado (UB) participarou do evento de lançamento e destaca a importância de tomada de decisão para políticas públicas com base em dados. “Tenho certeza que este estudo será um instrumento de transformação social, evidenciando demandas reais da população e garantindo maior eficiência administrativa”, declarou.

O IMB colaborou com o anuário no levantamento de informações econômicas sobre Goiás. O diretor-executivo do instituto, Erik Figueiredo, avalia que os dados apresentados no documento demonstram que é necessário discutir alternativas de políticas públicas para os pequenos municípios que atualmente são dependentes de transferências do estado e da União. Figueiredo também participou do Café com CBN.

Desafios

Os profissionais que atuaram no levantamento das informações do Anuário Goiás apontam que, mesmo após mais de 10 anos da Lei de Acesso à Informação (LAI), ainda há desafios em encontrar dados públicos. A pesquisa foi feita pelos jornalistas Caio Henrique Salgado, Elisama Ximenes, Fabiana Pulcineli, Karla Araújo, Marcos Carreiro e Renato Crozatti.

“A falta de informações disponíveis com acesso fácil foi o maior motivador para o projeto. Os dados estão disponíveis, mas em uma série de bases diferentes na internet, o que dificulta o acesso por parte da população. Então, o anuário foi feito para colocar todas essas informações em uma só base”, afirma Marcos, coordenador técnico do projeto.

Caio trabalhou com os dados sobre cultura nos municípios e destaca que nenhum órgão estadual tem essas informações de maneira organizada. Por isso, o levantamento foi feito manualmente. Fabiana e Elisama ressaltaram dificuldade em conseguir informações no Judiciário e de Segurança Pública, mesmo com pedido feito diretamente aos órgãos. Já Renato relatou o desafio com acesso a dados federais, que demandou uso de linguagem de programação.

Para a diretora Comercial do GJC, Cristiana Moreira, o anuário é um retrato de Goiás. “A partir de bancos de dados já existentes, mas dispersos, ele cria uma base própria, transparente e acessível em formato digital a toda a população e aos interessados em conhecer Goiás.”

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