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Jovem torturada por amigas na adolescência, em Trindade, viraliza na web após compartilhar trauma

Reprodução/Instagram
Rhailla Maielly Ferreira Kloh

Uma jovem de 20 anos viralizou nas redes sociais após relembrar momentos de terror praticados por “amigas” dela em 2016, em Trindade, a 24 quilôemtros de Goiânia. Rhailla Maielly Ferreira Kloh, na época com 14 anos, foi torturada por outras três adolescentes, que filmaram as agressões.

Atualmente, Rhailla é digital influencer. Ela possui um canal no YouTube em que o primeiro vídeo publicado conta a história da tortura sofrida pelas “amigas”. Segundo ela, as três adolescentes eram consideradas amigas e que, no início, pensou se tratar de uma brincadeira.

“Elas planejaram minha morte durante um mês, mas elas também iam à minha casa, dormiam comigo e conviviam junto com a minha mãe, elas eram amigas irmãs”, afirmou a vítima. No dia 29 de setembro de 2016, Rhailla estava na casa de uma delas, local onde as agressões ocorreram.

“Enquanto eu estava conversando com minha amiga, quando outra amiga chegou e começou a me agredir. Eu sem entender nada. Então, chegou outra amiga e foi aí que elas conseguiram me amarrar e me levar para o fundo da casa onde elas tinham aberto uma cova para mim”, contou.

As agressões começaram por volta das 13h e duraram cerca de quatro horas. “Elas fizeram uma listinha do que iriam fazer comigo e, mais tarde, iria chegar outra amiga para me matar. Todo momento eu pensava que era uma brincadeira e que iria sair de lá a qualquer momento”, revelou.

Rhailla só percebeu que não se tratava de uma brincadeira quando foi jogada na cova e esfaqueada no ombro. “Nessa hora, eu pensei que aquilo não estava certo e que eu, realmente, iria morrer alí”, afirmou a vítima. Neste momento, a adolescente, fugiu das “amigas” pulando o muro.

Fuga

“No final do corredor tinha um pé de jabuticaba. Não me lembro como, pois essa parte me dá um branco, mas lembro de ficar em pé na cova, colocar o pé na árvore e pular o muro. Eu pulei três muros com os pés e as mãos amarradas e com uma faca no ombro”, contou.

Rhailla foi socorrida por uma vizinha que chamou a mãe da adolescente a ajuda a ir ao médico. “Quando eu cheguei no hospital, os médicos disseram que meu estado era muito crítico. Eu poderia morrer por causa dos machucados, por uma infecção ou por desidratação”, destacou.

Investigação

Uma das adolescente que participou das agressões foi até o hospital onde Rhailla estava internada e disse ter gravado toda a tortura. O vídeo foi apreendido pela Polícia Militar (PM) e as três agressoras, que na época tinham 13, 14 e 16 anos, foram condenadas a três anos de internação por ato infracional.

De acordo com as investigações da Polícia Civil (PC), as agressões foram motivadas por ciúme já que a vítima estaria interessada no ex-namorado de uma das "amigas".Na época, a delegada Renata Vieira, destacou que as adolescentes não sentiam remorso pelo ocorrido.

Rede sociais

Rhailla contou que hoje trabalha como corretora e em uma escola e, além disso, concilia as profissões com as redes sociais. Atualmente, a jovem tem mais de 130 mil seguidores no Instagram e quase 87 mil inscritos no canal do YouTube onde ela conta sua história.

“Todo mundo pergunta como eu consegui superar e como eu tive forças, mas, na verdade, eu não sei como tive forças. É Deus me dá forças para conseguir falar disso tranquilamente”, explica Rhailla ao destacar que luta por justiça quando vê situações de tortura, pois viveu na pele esse trauma.

A história de tortura viralizou nesta semana no TikTok após a influenciadora e estudante pernambucana Giulia Carvalho, famosa no Tik Tok por narrar histórias de crimes, relambrar o que aconteceu com Rhailla. Até a tarde desta segunda-feira (29), o vídeo já tinha alcançado mais de 470 mil vizualizações na rede social.

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Jovens torturam garota em Trindade
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