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Julgamento de acusados de matar advogados em escritório de Goiânia é marcado para maio

Douglas Schinatto / O Popular
Castelli foi detido em 17 de novembro de 2020, no município de Catalão

Os envolvidos no homicídio de dois advogados no escritório em que trabalhavam, no Setor Aeroporto, em Goiânia, foi agendado para o dia 30 de maio, informou o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO). Marcus Aprigio Chaves e Frank Alessandro Carvalhães de Assis foram mortos em 28 de outubro de 2020. O Ministério Público de Goiás (MPGO) disse que sustentará a acusação.

São três os envolvidos que serão julgados: o fazendeiro Nei Castelli, apontado como mandante dos crimes; Hélica Ribeiro Gomes, namorada do executor Pedro Henrique Martins Soares; e Cosme Lompa Tavares, intermediário entre Nei e Pedro Henrique. Pedro Henrique foi levado a júri em maio de 2022 e condenado a 45 anos, 6 meses e 10 dias de prisão, inicialmente em regime fechado.

Conforme denúncia do MPGO, Nei Castelli contratou os advogados para uma causa envolvendo reintegração de posse de terra e foi derrotado. Além de ter de pagar R$ 4,6 milhões de honorário aos advogados. Essa derrota e os interesses patrimoniais levaram o acusado a querer a morte de Marcus e Frank.

Segundo as apurações, Cosme Lompa foi contratado para indicar pessoas para executar o crime. Já Hélica Ribeiro agiu como intermediária nas negociações de valores da recompensa pela execução.

Ainda de acordo com as investigações, o valor prometido por Nei tinha uma espécie de bônus, sendo combinada a quantia de R$ 100 mil se os contratados saíssem impunes do crime ou R$ 500 mil se fossem presos por causa das mortes.

Habeas corpus negado

Em janeiro deste ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o pedido de habeas corpus do fazendeiro Nei Castelli. A decisão foi proferida pelo ministro Og Fernandes. Na época a defesa do fazendeiro alegou que “paciente é vítima de constrangimento manifestamente ilegal, consubstanciado em manutenção de prisão preventiva ilegal vez que ausentes a contemporaneidade e demonstração da necessidade da medida extrema no atual momento processual”.

Relembre o caso

Os advogados Frank Alessandro Carvalhaes de Assis e Marcus Aprigio Chaves foram assassinados a tiros dentro de um escritório de advocacia na tarde desta quarta-feira (28) no Setor Aeroporto, em Goiânia. A Polícia Militar confirmou a ocorrência e a identidade das vítimas.

Uma testemunha relatou aos investigadores que há alguns dias um homem entrou em contato com o escritório por telefone, informou o nome e pediu um encontro com Marcus Aprígio. A secretária teria informado que não haveria agenda para o atendimento naquela data, mas ontem à tarde os dois homens chegaram e um deles se apresentou com o mesmo nome informado por telefone dias antes e, mesmo sem estarem com a confirmação do encontro para ontem, foram atendidos.

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