A Justiça aceitou na terça-feira (20) o acordo entre a influenciadora Larissa Heringer Rosa, que zombou de vagas para autistas, e o Ministério Público de Goiás (MPGO). A maquiadora deverá pagar R$ 10 mil à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), cumprir mais de 360 horas de serviços comunitários e se desculpar publicamente por meio das redes sociais.
Em junho deste ano, a influenciadora publicou no Instagram um vídeo criticando as vagas para pessoas com autismo em um shopping de Goiânia. “Agora tem vaga exclusiva para autista. O mundo está muito difícil. Quero saber quando que vai ter vaga para gordo estressado. Olha isso, gente”. Pelo menos cinco pessoas denunciaram o conteúdo à Polícia Civil (PC).
Durante o depoimento à polícia, Larissa afirmou que não teve a intenção de ofender ninguém com os comentários. Entretanto, após a conclusão das investigações, a maquiadora foi indiciada pelos crimes de incitação à discriminação de pessoas portadoras de deficiência e às pessoas pertencentes à comunidade LGBTQIA+ devido ao comentário homofóbico no vídeo.
Acordo
Para não ser denunciada e evitar uma condição judicial, a influenciadora aceitou um acordo com o MPGO em que ela se comprometeu a pagar dez parcelas de R$ 1 mil para uma associação que atua na defesa da pessoa com deficiência. Além disso, ela deverá cumprir mais de 360 horas de serviços comunitários na entidade e pedir desculpas por meio dos Stories do Instagram.
O acordo foi formalizado e homologado pela 41ª Promotoria de Justiça de Goiânia. De acordo com o promotor de Justiça Lauro Machado Nogueira, Larissa cometeu um delito sem violência ou grave ameaça à pessoa, além de ter feito uma confissão formal e circunstanciada na prática. Por isso, o acordo entre ela e o MPGO poderá ser celebrado.