A Justiça atendeu, nesta segunda-feira (9), a um pedido da Polícia Civil e autorizou o acesso às mensagens no celular do policial militar Rafael Martins Mendonça, que foi preso suspeito de ter matado sua mulher, Elaine Barbosa de Sousa, de 28 anos, e a filha dela, Ágatha Maria de Sousa, de 3, além de balear sua outra enteada de apenas 5 anos.
O pedido de acesso ao celular de Rafael partiu do delegado Adelson Candeo, no dia 27 de dezembro.
Conforme a decisão da juíza Lília Maria de Souza, "as mensagens, imagens e demais dados constantes da memória de aparelho de telefonia móvel apreendido legalmente não estão ao abrigo do sigilo, motivo que afasta a hipótese de quebra ilegal de sigilo telefônico."
"Conforme bem exposto pelo presentante do Ministério Público do Estado de Goiás, é inadmissível que o sigilo das comunicações telefônicas funcione como um escudo da impunidade. O direito a intimidade/privacidade não pode ser utilizado como salvaguarda para a prática de ilícitos", argumentou a magistrada.
Relembre o caso
O crime aconteceu em 14 de dezembro de 2022. Conforme apurado pelo POPULAR, Rafael deu ao menos 20 disparos dentro de casa e chegou a recarregar a arma.
Oito tiros atingiram Elaine, que chegou a se ajoelhar para, supostamente, implorar para o companheiro não matar suas filhas; cinco atingiram Ágatha e três atingiram Sara Shanshaine, que sobreviveu.
Mesmo atingida pelos disparos, Sara saiu de casa enrolada em um cobertor e, chorando, pediu à esposa de um amigo de Rafael, que havia sido chamado, para levá-la para a escola - onde, possivelmente, a pequena via como um lugar seguro.
Ela já teve alta do hospital. Já Rafael segue preso. A reportagem tenta localizar a defesa do PM.