O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) decidiu cassar o mandato de vereador do presidente da Câmara Municipal de Goiatuba, Pedro Henrique Rodrigues da Silva (MDB), por abuso de poder econômico e compra de votos nas eleições de 2020. Além de perder o diploma, ele foi condenado a pagar uma multa de R$ 25 mil e ficará inelegível por 8 anos. Por meio de nota, o vereador informou que deve entrar com recurso e se disse confiante em sua inocência.
O vereador foi alvo da operação Voto Limpo deflagrada em dezembro de 2020 pelo Ministério Público Eleitoral (MP Eleitoral). Contudo, na decisão de primeiro grau, o juiz julgou improcedente a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE).
Ao entrar com recurso, o promotor eleitoral Rômulo Corrêa de Paula lembrou que as condutas ilícitas do parlamentar foram apuradas no curso da operação e reforçou que as provas “deixam claro que o vereador doou, ofereceu, prometeu e entregou a diversos eleitores o valor de R$ 100 em troca de voto durante a campanha”.
O MP Eleitoral também sustentou que Pedro Henrique Rodrigues da Silva pagava a quantia de R$ 50 por semana em autorizações para abastecimentos de veículos aos eleitores que aceitaram adesivar seus carros em apoio à campanha.
Após o julgamento do recurso pelo tribunal, na última segunda-feira (13), a desembargadora Amélia Martins de Araújo determinou que, após a publicação do acórdão, seja expedido ofício à Presidência da Câmara Municipal de Goiatuba para que dê posse ao suplente da vaga cassada.
Em nota, o gabinete da presidência da Câmara de Goiatuba informou que, até a presente data, a decisão não foi publicada, e, quando isso acontecer, o vereador entrará com recurso. O comunicado reforça ainda que Pedro Henrique “está confiante em sua inocência e na Justiça”.