Levantamento feito pela reportagem identificou 13 empresas interessadas nas sete licitações em andamento pela Prefeitura de Goiânia para obras de drenagem em 11 pontos considerados críticos de alagamento na capital. A abertura dos envelopes com os documentos de habilitação dos participantes, primeira etapa dos procedimentos licitatórios, se deu entre os dias 10 e 17 de fevereiro, sendo que apenas um caso foi adiado para o dia 23. A expectativa é que todas as obras custem em torno de R$ 67,8 milhões.
As licitações com mais concorrentes são três: a que envolve obras na região da Alameda dos Buritis, no Setor Oeste, avaliada em torno de R$ 18 milhões, a que vai atender uma parte do Bairro Feliz, com estimativa de gastos em R$ 11,57 milhões, e a do Bairro São Joaquim, cuja previsão de investimento não foi divulgada. Já a que pretende melhorar a situação do cruzamento da Avenida Leste-Oeste com a Avenida Castelo Branco, na Cidade Jardim, só teve uma empresa interessada, que está em recuperação judicial.
A Promede Engenharia é a que está participando de mais procedimentos: quatro. Há cinco empresas que participam de três procedimentos, uma de dois e seis de apenas um. Como a modalidade escolhida para este serviço foi de concorrência pública, a burocracia é mais demorada.
A licitação para os serviços na região da Alameda dos Buritis é a que está mais avançada, com a habilitação das cinco empresas interessadas. Agora está na fase de possíveis recursos e, em seguida, de análise das propostas de preços. No dia 28 está prevista o resultado do pedido de habilitação da empresa interessada na obra no Setor Cidade Jardim.
Já o processo que foi adiado, por problemas no edital original, foi a que prevê obras de terraplanagem, pavimentação asfáltica e galeria de águas pluviais no Residencial Solar Ville. Estava prevista para o dia 10 de fevereiro e ficou agora para 16 de março.
As obras foram incluídas no final do ano no Goiânia Adiante, um programa divulgado em agosto de 2022 pela Prefeitura com a promessa de investimentos em serviços de infraestrutura e serviços na ordem de R$ 1,4 bilhão.
Entretanto, da lista com 10 pontos apresentada em dezembro, dois ficaram de fora destas licitações: um no Parque Flamboyant, no Jardim Goiás, e outro com ruas diversas no Conjunto Vera Cruz. Por outro lado, foram incluídas nos procedimentos para contratação obras no Solar Ville, no São Joaquim e na Cidade Jardim.
Estas licitações atendem parte dos locais considerados mais críticos de alagamento em Goiânia. Ao todo, a lista mais atualizada da Defesa Civil apresenta 94 pontos, mas as autoridades admitem que o número seja maior atualmente. Não há perspectiva de mais licitações de obras similares em outras regiões.
Plano Diretor
Paralelamente, o Paço trabalha para contratar uma empresa que fará o Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDU). A intenção é que este documento esteja aprovado e valendo até o final da atual gestão, que termina em dezembro de 2024. Entretanto, em 2021, a Prefeitura já havia anunciado a contratação de uma empresa para o mesmo trabalho no ano seguinte.
Os estragos causados pela falta de infraestrutura para absorver o impacto das chuvas registradas em Goiânia nas últimas semanas têm causado reclamações de moradores e fazendo com que o assunto ganhe atenção da administração municipal. Em entrevista recente, o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) chegou a dizer que tem como uma das principais metas de sua gestão a entrega do Plano Diretor de Drenagem.
As imagens nesta semana mostrando o transbordamento do Lago das Rosas, no Setor Oeste, e os pedalinhos lá existentes indo parar na Avenida Anhanguera, por exemplo, fizeram o Paço reforçar que estão em andamento as obras previstas para a drenagem na região da Alameda dos Buritis. Este serviço terá impacto no lago.