Com a saúde debilitada e temendo partir sem ter seu desejo atendido, a moradora de Corumbá de Goiás, Matilde Pereira, de 71 anos, pediu à sua filha, Alessandra Dias, de 42, que encontrasse seu outro filho, com o qual havia perdido contato há quatro anos. Alessandra decidiu procurar a Polícia Civil e pediu ajuda para achar o irmão. Após poucos dias de buscas, a instituição conseguiu localizá-lo, promovendo um reencontro inesquecível.
Alessandra conta que o irmão, de 47 anos, faz serviços terceirizados e já tinha um histórico de “sumir” ao ir trabalhar em outros estados e perder contato com a família por anos.
No entanto, o último sumiço começou a preocupar Alessandra, já que sua mãe ficou acamada depois de ter Covid-19 e passou a pedir para rever o filho, com medo de falecer sem notícias dele.
“Era recorrente. Ele sempre deu umas sumidas, daí aparece, some de novo por quatro, cinco anos. Mas dessa vez o caso era mais grave”, comentou a mulher sobre a situação que a levou a procurar a Polícia Civil e pedir ajuda para achar o paradeiro do irmão.
Encontrado em Brasília
Segundo Alessandra, ao receber o caso, a delegada de Corumbá de Goiás, Aline Cardoso, abraçou a causa como se fosse sua. “Ela prontamente me ajudou. Falou ‘Vamos achar ele’ e comprou essa história. Foi mais do que uma delegada, foi uma amiga”, diz, emocionada.
Aline conta que Alessandra procurou a delegacia no dia 12 de setembro somente com o nome do rapaz e com poucas esperanças. Apesar da escassez de informações, as buscas não passaram de uma semana.
A Polícia Civil de Goiás conseguiu refazer os passos do irmão de Alessandra pelos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro até chegar em Brasília, onde ele foi encontrado.
“Quando família conseguiu falar com ele, ele soube do estado de saúde da mãe e se comprometeu a visitá-la em Corumbá. Na última sexta-feira, o reencontro aconteceu”, conta a delegada.
O reencontro
A Polícia Civil conseguiu contato com o filho de dona Matilde na última quinta-feira (15). No dia seguinte, ele já estava em Corumbá de Goiás.
Sua irmã Alessandra descreveu o momento. “Eu abri o portão e assustei. Falei pra ele esperar que ia avisar [a mãe], porque ela é cardíaca. Fiquei com medo de ela passar mal. Ela ficou paralisada, não estava acreditando”, narra.
A mulher ainda destacou que o irmão se comprometeu a não mais perder o contato com a família ao fazer viagens. “Minha mãe falava que queria ver o filho antes de ela morrer, e graças a Deus eles estão aqui, juntos”, comemora.