O jogo Pokémon GO nem foi lançado no Brasil e as possibilidades de afetar os relacionamentos já eram questionados por vários internautas. Afinal, não é isto que fazem os aplicativos para celulares: deixar-nos cada vez mais dispersos e distantes? A resposta parece ser não.
Uma norte-americana fez um relato emocionante, pelo Facebook, de como o game de realidade virtual tem ajudado o filho autista a romper as barreiras de relacionamento.
Segundo Lenora Koppelman, o pequeno Ralph, de seis anos, passou a conversar com pessoas estranhas por causa do jogo.
“Um garoto o viu e reconheceu o que ele estava fazendo. Eles imediatamente tinham algo em comum. Ele perguntou ao Ralphie quantos ele tinha capturado. Ralph não respondeu exatamente ele, apenas gritou rapidamente POKÉMON! E pulou para cima e pra baixo alegremente e balançando os braços. Então o garoto lhe mostrou quantos ele tinha capturado (mais de 100!) e Ralph disse: UAUUUUU. E deram um high-five (bateram as mãos juntas no ar). Eu quase chorei.”
Lenora chega a comentar que Ralph pediu pela primeira vez para ir ao playground durante à noite. Tudo para capturar Pokémon.
“Meu filho autista está socializando. Falando com as pessoas. Rindo para as pessoas. Verbalizando. Participando de discursos pragmáticos. Com totais estranhos. Olhando pra eles. As vezes até olhando no olho. Rindo com eles. Compartilhando algo em comum. Isto é surpreendente”, comemora a mãe.
Esta não é o primeiro relato do tipo. Um cuidadora de pessoas com transtorno mental e/ou deficiências físicas ganhou as redes sociais, recentemente, ao relatar que um dos meninos de sua responsabilidade estava há semanas sem interesse por todas as atividades oferecidas e gaças ao Pokémon Go voltou a se comunicar e brincar.
Veja o relato da mãe sobre o menino autista:
“Obrigado à minha colega pela dica. Eu finalmente apresentei à Ralphie o Pokemon Go hoje a noite. Ela estava certa. Essa coisa é INCRÍVEL. Depois dele capturar seu primeiro Pokemon na padaria, ele ficou gritando de alegria. Ele correu pra fora para capturar mais. Um garoto o viu e reconheceu o que ele estava fazendo. Eles imediatamente tinham algo em comum. Ele perguntou ao Ralphie quantos ele tinha capturado. Ralph não respondeu exatamente ele, apenas gritou rapidamente POKÉMON! E pulou para cima e pra baixo alegremente e balançando os braços. Então o garoto lhe mostrou quantos ele tinha capturado (mais de 100!) e Ralph disse: UAUUUUU. E deram um high-five (bateram as mãos juntas no ar). Eu quase chorei.
Então ele viu seu segundo Pokémon sentado um passo à frente. Ele o capturou também e ficou tão excitado que gritava novamente e pulando de felicidade. Então ela (minha colega) veio pra fora e ele começou a conversar com ela sobre o jogo, também! Ela então apontou pra ele que tinha um monte de atividades de Pokémon no Playground. Ele implorou pra ir.
Ele NUNCA quis ir ao Playground a noite, porque foge da sua rotina habitual. Ele normalmente é MUITO rígido a respeito de sua rotina. Mas esta noite ele ficou tão feliz por mudar as coisas, e fazer isso! Nós estávamos chocadas. E quando chegamos lá, outras crianças correram até ele para caçarem Pokémon juntos. Ele estava interagindo com outras crianças. Meu Deus do céu!! Eu não sabia se ria, ou chorava. Então ele quis procurar mais, e fomos caminhando até a 30th Avenue. Adultos também estavam caçando Pokémon, e esses totais estranhos ficaram dando dicas pra ele como “tem um bem ali naquela esquina, amigão! Vai pegá-lo!” e então ele voltava correndo feliz da vida. Ele então olhava para o estranho e dizia “OBRIGADO!” e saia correndo. UAU!.
MEU FILHO AUTISTA ESTÁ SE SOCIALIZANDO. Falando com as pessoas. Rindo para as pessoas. Verbalizando. Participando de discursos pragmáticos. Com totais estranhos. Olhando pra eles. As vezes até olhando no olho. Rindo com eles. Compartilhando algo em comum. Isto é SURPREENDENTE.
Obrigado à minha colega que sugeriu isto. Você estava certa. E obrigado Nintendo! Isto é o sonho de toda mãe de um autista! Eu te amo!”