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Médica presa suspeita de sequestrar bebê em hospital tem sigilo telefônico quebrado pela Justiça

Divulgação
Médica Cláudia Soares Alves, de 42 anos

A médica Cláudia Soares Alves, de 42 anos, que foi presa suspeita de sequestrar um bebê dentro de um hospital em Minas Gerais, teve o sigilo telefônico quebrado após determinação da Justiça. A informação foi obtida com exclusividade pela TV Anhanguera.

O Daqui entrou em contato, por meio de mensagens e ligações, com a defesa da médica para que pudesse se posicionar a respeito da quebra de sigilo telefônico, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem. 

A decisão, obtida pelo produtor Ramon Lacerda, ocorreu a pedido da Polícia Civil, com parecer favorável do Ministério Público de Goiás, sub a justificativa de que o celular da médica pode auxiliar nas investigações, como indicar se houve participação de mais pessoas no sequestro e se o crime foi premeditado. 

"A medida requerida se funda na premente necessidade de se ter acesso aos dados do aparelho celular, a fim de se apurar a prática do delito de sequestro e, ainda, descobrir eventuais coautores, os quais podem ter auxiliado a representada no cometimento do referido crime”, descreve a decisão assinada pela juíza Natácia Lopes Magalhães. 

Sequestro

A bebê foi sequestrada na noite de terça-feira (23) no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), em Minas Gerais. Segundo a Polícia Civil, a menina nasceu por volta das 20h e foi raptada aproximadamente às 23h30. A ação teria sido flagrada por câmeras de segurança da unidade de saúde.

Em nota enviada anteriormente, a defesa da médica afirmou que "irá demonstrar em juízo que a acusada é portadora de transtorno afetivo bipolar e no momento dos fatos se encontrava em crise psicótica, não tendo capacidade de discernir a natureza inadequada e/ou ilícita de suas atitudes.

O pai da criança contou que Cláudia foi até o quarto onde a família estava, chegou a mexer nos seios da mãe, com a desculpa de que estaria verificando a produção de leite. Depois, se apresentou como pediatra e informou que levaria a recém-nascida para se alimentar. "Minutos depois, eu vi que a minha menina não voltava, e aí percebemos que ela tinha sido levada", contou.

Ao questionar os profissionais da unidade sobre o paradeiro da filha, descobriu que ela havia sido sequestrada. Equipes de segurança do hospital foram acionadas, mas a suspeita já tinha fugido.

A administração do hospital de onde a bebê foi raptada disse que já iniciou apuração interna do caso e está colaborando com as investigações. Também ressaltou o "compromisso com o aprimoramento dos processos de trabalho, especialmente com os controles de acesso no hospital para garantir que outro caso como esse não volte a acontecer".

Conforme a Polícia Civil, a médica se aproveitou do fato de ser concursada no hospital, apresentou o crachá e entrou. Momentos depois, câmeras de segurança do hospital, que mostraram a suspeita saindo com uma mochila - onde suspeita-se que estaria a recém-nascida. Já fora da unidade, a suspeita entra em um carro vermelho que estava estacionado e foge.

Prisão

Claudia Soares Alves foi presa na quarta-feira (24), após a polícia encontrar a bebê sequestrada na casa dela, em Itumbiara, no sul de Goiás, aos cuidados da diarista. No carro da suspeita, os investigadores encontraram itens como fraldas, banheira e até uma piscina infantil. Todos os objetos foram apreendidos.

A recém-nascida foi levada ao Hospital Municipal Modesto de Carvalho, onde a família a buscou.

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