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Maioria dos goianienses tem entre 25 e 59 anos, ensino médio completo e ganha em média R$ 3,5 mil

Arquivo Pessoal
Lusmara Queiroz trabalha em salão de beleza em Goiânia

Entre as capitais mais jovens do país, Goiânia completa 89 anos como sendo o 10º município mais populoso do Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a maioria dos goianienses tem entre 25 e 59 anos, possui o ensino médio completo e tem um rendimento médio de R$ 3,5 mil.

Goiânia já passou por oito censos demográficos, que acompanharam o crescimento da cidade por inúmeros ângulos. Conforme os dados do último estudo, feito em 2021, a capital tem em torno de 1,5 milhão de habitantes, sendo que a cidade foi planejada para apenas 50 mil pessoas, em 1933. A maioria dos habitantes é composta por mulheres - 53%.

“É uma capital jovem. Nos últimos 30 anos, considerando as estimativas, o crescimento populacional do Brasil foi de 11.8 %, de Goiás 20% e de Goiânia 19,5%, com isso a gente tem desafios em setores como moradia e transporte urbano”, pontuou o superintendente do IBGE em Goiás, Edson Vieira.

Mercado de trabalho

Do total de moradores, o IBGE calcula que mais de 820 mil goianienses estão empregados formalmente neste ano, mais de 50% da população. Diante do mercado de trabalho, os dados mostram que pessoas sem instrução têm um salário médio de R$ 1,784, R$ 572 a mais do que o valor atual do salário mínimo. Já pessoas com nível superior completo de ensino têm um rendimento estimado de R$ 6.349.

O superintendente do IBGE afirma que o município se destaca em meio aos comparativos nacionais.  Assim, a capital recebe muitos moradores de estados como Minas Gerais, Bahia, Tocantins, Maranhão e São Paulo.

“Goiânia tem indicadores melhores para a economia e o mercado de trabalho do que o cenário nacional. As pessoas se deslocam pelo território buscando uma melhor qualidade de vida e, historicamente, a desocupação de Goiânia é menor do que a média nacional”, explicou Edson.

Entre as pessoas que se mudaram para Goiânia em busca de crescimento está o auxiliar financeiro Ray Arruda, de 28 anos. Maranhense, ele conta que, há cinco anos, deixou a terra natal à procura de mais oportunidades, o que encontrou na capital goiana. Com ensino médio completo, o jovem trabalha em uma rede distribuidora de bebidas.

“Quando cheguei a Goiânia, não foi fácil encontrar emprego, até mesmo porque não conhecia bem a cidade. Mas, nos últimos anos, tive boas oportunidades por aqui e meu salário tem aumentado. Eu gosto muito daqui”, disse o auxiliar financeiro.

Lusmara Queiroz Cintra, de 54 anos, é dona de um salão de beleza no Setor Vila União. Ela explica que a renda varia em torno de R$ 3,5 mil. Para ela, a falta de qualificação impede várias contratações.

“Você encontra trabalho quando você tem qualificação, senão a pessoa fica excluída. Eu, por exemplo, tenho falta de manicure, porque muita gente precisa se atualizar para poder estar no mercado”, pontua.

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