O estado do Maranhão confirmou nesta quinta-feira (20) os primeiros casos da variante indiana (B.1.617) do coronavírus Sars-CoV-2 no Brasil. Segundo o governo, cerca de 100 pessoas estão sendo monitoradas por terem algum tipo de contato com os contágios confirmados.
O governo informou que 15 tripulantes do navio MV Shangon Da Zhi, que ancorou em um porto do estado na última semana, testaram positivo para a Covid-19 e que o estudo genômico de seis deles deram positivo para a variante indiana. A carga viral dos demais foi considerada muito baixa e não passível de confirmação.
Com exceção de um tripulante que deu entrada na unidade de terapia intensiva de um hospital de São Luís, os demais positivos estão isolados em cabines da própria embarcação.
Nenhum tripulante, mesmo os que deram negativo, foi autorizado a deixar o navio.
A B.1.617 foi identificada pela primeira vez na Índia em dezembro do ano passado e, assim como as demais variantes mais agressivas, é considerada com maior capacidade de transmissão.
Por conta da alta disseminação da nova cepa, o Brasil vetou a entrada de passageiros vindos do país no dia 14 de maio após recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A Índia vive uma fortíssima onda de casos e mortes, a maior registrada no país até o momento, e a mutação é apontada como um dos fatores dos recordes, especialmente, porque o governo havia retirado em dezembro e janeiro todas as regras sanitárias para evitar a disseminação da doença no país.
À época, as autoridades diziam que a pandemia "estava superada" e liberaram eventos esportivos, sociais e religiosos que reuniram milhões de pessoas.