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Marca é acusada de racismo após mostrar pele negra sendo clareada em propaganda

Foto: Reprodução/ Instagram

Uma campanha da Nivea, veiculada em Senegal, Camarões, Gana e Nigéria, está causando polêmica nas redes sociais. No filme, uma mulher negra usa um hidrante, chamado Natural Fairness (algo como clareza natural), e, ao passá-lo, sua pele fica branca, dando a entender que esta ação está a deixando mais bonita.

Nas redes sociais, a propaganda está sendo muito criticada. Internautas afirmam que o vídeo faz alusão a cremes clareadores de pele.

"Isso não é ok, Nivea. Perpetuar a noção de que peles mais claras são mais bonitas, mais jovens, é prejudicial e entra na narrativa racista tão predominante na indústria da beleza, que diz que pele clara é a aparência que devemos almejar. Publicitários têm o poder de mudar esta narrativa, mas, campanha após campanha, a vemos continuar sendo usada pelo mundo todo. Ganhar dinheiro fazendo as pessoas se odiarem é inaceitável. Cremes clareadores não são só fisicamente perigosos, mas também sem ética. Empoderamento não é muito a pedir. TODAS as peles negras são lindas, sem exceções, então vamos nos celebrar como somos ao invés de nos obrigar a nos submeter a ideais racistas", escreveu a blogueira norte-americana Munroe Bergdorf. 
 

 

This is not okay. #Nivea - Perpetuating the notion that fairer skin is more beautiful, more youthful is so damaging and plays into the racist narrative so prevalent in the beauty industry, that whiteness or light skin is the standard that we should all strive for. Advertisers have the power to change this narrative, but campaign after campaign we see it being used worldwide. Making money out of making people hate themselves is never acceptable. Whitening and lightening creams are not only physically damaging, but also ethically wrong. Empowerment is not too much to ask for. ALL black skin is beautiful, no exceptions, so celebrate us as we are instead of asking us to adhere to unattainable and racist ideals.

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