Comprar os itens necessários para que as escolas voltem às aulas vai pesar ainda mais no bolso dos pais. Segundo pesquisa feita pelo Procon Goiás toda linha de material escolar teve aumento médio de 9,28%, mas há vários itens que registraram mudanças de preços bem maiores do que isso.
A variação de valores cobrados em produtos idênticos chega até 330,43%. Um alerta do órgão é que o consumidor que optar por uma marca tradicional pode pagar até 171% a mais.
A maior variação para produtos idênticos verificado pelo órgão foi na lapiseira de 7mm – Polly Teen da Faber Castell. Nesse produto o menor preço encontrado foi de R$ 2,30 enquanto o maior chegou a R$ 9,90, variação de 330,43%.
De acordo com o Procon, foram pesquisados preços de 96 itens em 13 papelarias de Goiânia com o objetivo de auxiliar o consumidor na busca pelo menor preço. A pesquisa completa pode ser acessada clicando aqui.
No entanto, nem tudo é má notícia. O órgão de defesa do consumidor garante que há como economizar mesmo com a alta. Veja algumas dicas:
Marcas tradicionais
Sempre que possível, o consumidor deve avaliar e comparar preços considerando marcas diferentes. Contudo, deve ter em mente que produtos com marcas menos conhecidas não são, necessariamente, de qualidade inferior. Essa equação de preço e qualidade deve sempre estar na balança na hora da compra. Substituir as marcas em alguns produtos é uma dica do Procon, mas avaliando sempre o melhor custo/benefício.
Para se ter uma ideia, uma caixa com 12 lápis de cor grandes da Faber Castell está custando, em média, R$ 14,24, enquanto o mesmo produto, com as mesmas especificações, de outra marca, custa em média R$ 5,24. Se optar pela marca mais conhecida, o consumidor vai ter um acréscimo de 171,75% no preço do produto.
Outro exemplo é a caneta hidrocor ponta grossa Jumbo – com 12 unidades. O preço médio da marca Faber Castell é R$ 37,42, enquanto o preço médio de outra marca é R$ 15,69. Uma diferença de 138,49%.
Fracionamento da compra em outras papelarias
Além da pesquisa de preço, essencial para a compra de qualquer tipo de produto, o ideal é selecionar pelo menos três papelarias próximas e fazer a pesquisa de preços. Após a pesquisa, comprar entre os três estabelecimentos somente os produtos que estão mais baratos. Segundo o Procon, cinco das 13 papelarias visitadas estão estabelecidas no Centro de Goiânia.
Abusos em itens da lista
O valor da mensalidade cobrada pela escola é definido a partir da planilha de custos, que inclui todas as despesas de custeio, ou seja, os materiais de uso coletivo como materiais de limpeza, materiais de expediente. Dessa forma, quando a escola inclui alguns desses itens de uso coletivo e que não será utilizado no processo didático pedagógico, configura prática abusiva por onerar excessivamente o consumidor.
O Procon recomenda que quando surgir dúvida sobre algum item, o consumidor questione junto à escola para qual finalidade será utilizado. Caso seja um item de uso coletivo, sem influenciar no processo didático pedagógico, simplesmente ignore. Se houver a exigência da escola para a aquisição, esta prática deverá ser denunciada.
A escola também não pode exigir marca, modelo ou determinar o local da compra. Cabe aos pais adquirirem os produtos nos estabelecimentos de sua preferência e os produtos que irão gerar maior economia.
Dicas para economizar
Solicite junto à escola uma lista dos materiais que restaram do ano letivo anterior e avalie a possibilidade de reaproveitá-los como tesouras, caixa de lápis de cor e canetas, antes de ir às compras.
Saiba que o consumidor pode adquirir, a princípio, somente os produtos que serão utilizados no primeiro semestre do ano letivo e, posteriormente, quando a demanda diminuir, poderá adquirir o restante do material.
Grupos de pessoas resultam em compra de grande quantidade. Dessa forma, reúna grupo de amigos ou familiares e avaliem a possibilidade de conseguir descontos junto às papelarias. O desconto é uma mera liberalidade do comerciante.