O ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (Patriota), disse que não está em busca de espaço, ou cargos, no governo de Ronaldo Caiado (UB), mas que está disposto a colaborar com a gestão. “Não estou em busca de espaço no governo. Essa não é a minha vontade. Se eu puder colaborar de alguma forma, estou disponível como sempre estive, com ideias e sugestões. Isso faz parte da boa política. Tenho uma trajetória de muito êxito”, disse o político em entrevista à Cileide Alves, no programa Chega Pra Cá, desta terça-feira (9).
A Coluna Giro mostrou que Daniel Vilela (MDB), vice-governador de Goiás, recebeu Mendanha em sua primeira agenda como governador interino, em três de maio. O encontro dos dois acontece em meio a conversas entre os dois políticos para o retorno de Mendanha ao MDB, partido em que esteve desde o início de sua trajetória política, mas que desfiliou na última campanha para que pudesse concorrer ao Governo de Goiás. Mendanha disse que sua volta ao partido tem a benção da maioria dos seus aliados políticos, mas antes é preciso avaliar seus interesses para o futuro.
Tenho conversado com os líderes que me ajudaram e quero falar com todos para entender, de fato, o que eles esperam. Mas acho que a maioria abençoa essa relação. Eu nunca escondi a minha vontade de ser governador de Goiás, mas talvez a partir de agora, eu possa pensar nisso para um futuro e caminhar junto [com Daniel]”, falou.
A caminhada com Daniel, em uma possível candidatura de Vilela ao governo em 2026, pode se tornar mais tranquila pelo fato de que o ex-gestor avalia a possibilidade de disputar a Prefeitura de Goiânia no próximo ano.
Está no meu radar. Se o povo pedir, não há o porquê de não disputar. Se houver pesquisas que mostrem que as pessoas me querem, eu vou avaliar”.
Mendanha precisa consultar o TSE para se candidatar a prefeito de Goiânia, pois uma resolução do tribunal proibiu a candidatura do “prefeito itinerante”, hipótese em que um prefeito já reeleito em seu município se lança para um terceiro mandato em municípios diferentes. O ex-prefeito de Aparecida alega que como renunciou ao mandato em Aparecida de Goiânia em abril de 2022, seu caso não se inclui nessa regra, por isso ele afirma que pretende que haja uma consulta ao TSE, que só pode ser feita por um deputado federal ou um partido.
O ex-prefeito também criticou a gestão de Rogério Cruz (Republicanos) frente à Prefeitura de Goiânia.
Ele é uma boa figura humana e eu o respeito. Tem um bom caráter. Mas a coisa ‘tá feia’ em Goiânia. A cidade está mal cuidada e o Rogério ainda não entendeu o espírito do que é ser prefeito. O goianiense está triste em ver como a cidade está”, disse.
Mendanha diz que sua relação com Daniel Vilela é muito forte e que o “gelo está quebrando”.
Quando deixei o MDB, muita gente vinha falar do Daniel para mim e eu sempre o defendi. Minha relação com ele é muito forte e isso nunca foi um jogo. Eu até cheguei a dizer para ele ‘se você for candidato, eu não vou deixar o partido, eu vou te apoiar’, mas eu não queria apoiar o Caiado. E, talvez a teimosia pela juventude, me fez disputar um pleito. Não me arrependo, foi uma campanha de aprendizado, de crescimento e amadurecimento”, disse o ex-gestor.
Mendanha planeja se encontrar com Caiado para saber se sua aproximação com Vilela é “abençoada”, porém acredita que sim. O político também não quis criticar a gestão atual – e nem elogiar -, “vou esperar um tempo para poder tecer qualquer elogio ou crítica”.
O político falou que não tem interesse em carregar uma bandeira de oposição se Daniel Vilela for candidato ao Governo de Goiás em 2026. “Se o Daniel for candidato, não tem por que eu não estar com ele. Seja no MDB ou não”, falou Mendanha.
Apoio à Ana Paula Rezende, filha de Íris
Mendanha disse que caso Ana Paula decida disputar a Prefeitura de Goiânia nas próximas eleições, “seu nome desequilibra o jogo”, por considerar ela uma forte personalidade. Mas que ainda não sabe se esse é o real interesse dela.
Ela é minha amiga, mas ainda não tivemos a oportunidade de conversar sobre este assunto. É um grande quadro e ela tem capacidade. Depende muito dela querer disputar ou não. Ela precisa ter esse sentimento de desejo e também discutir com sua família”, falou.