A pequena Sara Shanshaine, de 5 anos, que foi baleada pelo próprio padrasto, o policial militar Rafael Martins Mendonça, na última quarta-feira (14), em Rio Verde, teve alta do hospital. A informação foi confirmada pelo Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), onde a menina estava internada. Segundo a unidade, a alta ocorreu devido a um pedido da família “por motivos pessoais.”
De acordo com o delegado Adelson Candeo, que investiga o caso, Sara foi atingida na região dos glúteos, no quadril e no braço. Os disparos vieram por trás pois, segundo o delegado, teria sido o momento em que tentou fugir do padrasto.
Rafael, de 32 anos, é suspeito de matar a tiros sua esposa, Elaine Barbosa de Sousa, de 28 anos, e sua enteada, Ágatha Maria de Sousa, de apenas 3 anos, além de balear Sara.
O homem está preso temporariamente. Questionado sobre o crime, o PM afirmou que Elaine havia passado “o dia o provocando”. “Ele disse que acabou perdendo a paciência, pegou a arma e fez isso”, relatou Candeo.
Depois de balear toda a família, o suspeito ligou para um amigo, o cabo Arthur Nascimento, dizendo que “havia feito merda” e que queria dar cabo da própria vida. Após a chegada de Arthur e de sua mulher ao local, conforme o delegado, Sara saiu da casa com seu cobertor, andando, sentou-se na calçada e começou a chorar. A menina, que havia levado três tiros, pediu à mulher de Arthur para ser levada para a escola.
“Provavelmente era o lugar onde ela se sentia segura”, comentou Adelson Candeo, que destacou que Rafael só não atirou mais contra a menina por pensar que ela já estava morta. A Polícia Civil investiga o caso.