Goiás perdeu, na tarde desta terça-feira (5), uma grande referência no jornalismo e na literatura. Morreu aos 83 anos o jornalista, escritor e ex-editor do jornal O Popular, Hélio Rocha. Ele estava internado no Hospital Renaissance, em Goiânia, onde deu entrada há alguns dias para tratar de uma infecção urinária. A causa da morte ainda não foi divulgada.
Filho do escritor, o também jornalista Bruno Rocha diz que a morte do pai "deixa uma grande lacuna na comunicação em Goiás e no Brasil, mas, ao mesmo tempo, um legado importante de obras literárias que resgatam parte da história recente do Estado".
Extremamente respeitado no meio político e cultural, Hélio Rocha era membro da Academia Goiana de Letras, onde ocupava a Cadeira número 7, e da Academia Corumbaense de Letras. Com 15 livros publicados, tem como obra mais conhecida “Os Inquilinos da Casa Verde”, que fala sobre os governadores que ocuparam o Palácio das Esmeraldas.
Outras publicações importantes foram “Tú és Pedro- Biografia de Pedro Ludovico Teixeira”, “Goiânia 75” e “Sete Décadas de Goiânia”. Mais recentemente ele lançou os livros “Rádio Brasil Central- 60 Anos No Ar” e “Verde que Te Quero Verde", que traz a história do Goiás Esporte Clube .
Hélio foi editor-chefe, editorialista e colunista do POPULAR por mais de 40 anos. Trabalhou nas revistas Manchete e Fatos e Fotos, do Grupo Bloch e foi correspondente de revistas e jornais do eixo Rio-São Paulo, e de Brasília. Também atuou como um dos coordenadores da implantação do jornal Diário da Manhã, em Goiânia.
"Um comunicador nato, que gostava de falar sobre qualquer assunto e amava viajar", descreve a irmã Ana Cláudia Rocha, ex-colunista do jornal O Popular.
Hélio era viúvo e deixa três filhos, cinco netas e três bisnetos.
O velório será nesta quarta-feira (6), das 7 às 16 horas na Pax Domini, localizada na Av. Anhanguera, Setor Aeroporto. Já o enterro será às 17 horas, no Cemitério Jardim das Palmeiras.