Morreu nesta quarta-feira (23), dois dias após dar entrada no Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) em estado grave, o menino de dois anos que foi espancado pelo padrasto, em Rio Verde, no sudoeste goiano.
Em nota, o Hugol informou que a família da criança autorizou a doação dos rins e das córneas do garotinho, atitude que o Hospital definiu como “extremamente louvável”, por contribuir com a recuperação de outras crianças.
Relembre o caso
De acordo com a Polícia Civil, a criança já vinha sendo agredida e, na manhã do último domingo (20), foi socorrida depois de, supostamente, ser jogada com força contra um colchão por chorar durante a noite. Levado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), o menino foi transferido em estado grave para o Hugol na última segunda-feira (21).
Segundo o delegado responsável pelo caso, Adelson Candeo, o padrasto, que foi preso na noite de domingo (20), em um primeiro momento inventou histórias para justificar o acontecido, mas durante depoimento, confessou o crime. “A mãe havia saído durante a madrugada e a criança acordou com medo, vendo-se em uma ambiente somente com o padrasto. Nesse momento, ele começou a chorar e procurar pela mãe pela casa”, afirmou o delegado. Irritado por ter sido acordado, o padrasto teria começado a agredir a criança.
Na sequência, o menino foi jogado violentamente contra um colchão que estava no chão. “A criança bateu no colchão e ainda levantou. Então, pela segunda vez, o padrasto pegou o menino e o jogou no colchão, momento em que a criança perdeu os sentidos e começou a convulsionar”, detalhou Adelson Candeo. O delegado afirmou ainda que a criança chegou à unidade sem lesões externas, mas com um quadro de traumatismo crânio cervical.