A morte do presidente interino da torcida Força Jovem Goiás, do Goiás Esporte Clube, Reginaldo Ferreira da Souza, conhecido como Reginaldo Da Roça, não tem relação com briga de torcidas, segundo a Polícia Militar. O crime teria sido motivado por uma "rixa pessoal" entre o suspeito de atirar e a vítima. O homem foi preso e outras duas pessoas estão sendo procuradas pela polícia suspeitas de o auxiliarem na fuga.
Alguns dias atrás ele [suspeito] foi agredido pelo presidente da torcida Força Jovem Goiás, então ele criou um sentimento de vingança e no último domingo pegou a arma de fogo, foi até a praça e efetuou os disparos. Mais dois participaram, são coautores, que ajudaram no transporte e na fuga do autor. Estão sendo realizadas diligências para prendê-los’, informou o comandante do Policiamento da Capital (CPC), Pedro Henrique Batista Alves de Paiva, em entrevista coletiva nesta terça-feira (1°).
Por não terem os nomes divulgados, o Daqui não conseguiu localizar as defesas dos suspeitos para que se posicionassem até a última atualização desta reportagem.
Em nota, a Polícia Civil disse que em uma ação integrada foi lavrado auto de prisão em flagrante por homicídio qualificado e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito contra o suspeito preso e que "o inquérito policial segue sob investigação pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais, por meio do Grupo Especial de Proteção ao Torcedor (Geprot), devendo ser finalizado nos próximos dias".
Morte
De acordo com o comandante da Guarda Civil Metropolitana (GCM) de Senador Canedo, Alexandre Ribeiro, Reginaldo foi morto por volta das 17h do último domingo (29). O relatório médico que atestou a morte do líder da torcida diz que ele foi atingido por seis disparos.
Conforme divulgado pela Força Jovem Goiás nas redes sociais, o velório aconteceu na Funerária Fênix, em frente ao Cemitério Municipal de Senador Canedo, onde ele foi sepultado na manhã desta terça-feira (1°).
Dia do crime
O comandante da GCM informou que no dia do crime Reginaldo iria participar de uma cavalgada, sem autorização, no Setor Morada do Morro, mas após orientação da GCM e equipes da Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA), ele e as outras pessoas que estava no local se dispersaram.
No entanto, momentos depois, as equipes tiveram a informação de que Reginaldo e outras pessoas estavam se concentrando na Estação Cultura, na Vila Santa Rosa, que é um local onde costuma ter uma concentração de cavalgada. Quando a GCM estava a caminho do local foram notificadas do assassinato.
Nossa equipe já estava a caminho para não deixar que esse evento acontecesse, até porque não tinha autorização, foi o momento que aconteceu o homicídio. Informações preliminares apontam que uma moto e duas pessoas, mas tem uma informação popular que seriam duas motos com quatro pessoas. Passou e desferiu disparos contra ele e ele morreu no local", informou Alexandre Ribeiro ao Daqui.
Ao Daqui, o Corpo de Bombeiros informou que ao chegarem ao local encontraram Reginaldo "sem sinais vitais, em parada respiratória e com seis marcas de perfuração por arma de fogo no dorso. Foi realizado procedimentos de reanimação até a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (Samu) que constatou o óbito", informaram os bombeiros.
Suspeito preso
A PM infomou que o suspeito foi preso dentro de um ônibus, em Jaraguá, a caminho do estado do Maranhão. "Logo que tomamos conhecimento, foi iniciada uma força-tarefa e prendemos o suspeito. A arma utilizada no crime, uma pistola 9 milímetros foi apreendida", informou o comandante do CPC.