Uma mulher, com a ajuda do amante e dos filhos do casal, matou o marido e enterrou o corpo, em Águas Lindas de Goiás, Entorno do Distrito Federal. Além do amante e dos dois filhos, a mulher ainda contou com a ajuda de outras duas pessoas para matar e enterrar o corpo do marido na chácara. As prisões foram realizadas na última sexta-feira (7).
O homicídio foi descoberto após uma testemunha procurar a polícia para denunciar que havia recebido uma proposta de R$ 150 para enterrar um corpo. Francisco Sousa Araujo, de 42 anos, foi morto com golpes de faca e machado, como explica o delegado que investiga o caso, Vinícius Máximo.
O corpo já estava em decomposição em um estado avançado, enterrado há cerca de um metro de profundidade, com mãos e pés amarrados. Além dos golpes de arma branca, identificamos sinais de disparos de armas de fogo. Essa arma também estava enterrada e foi apreendida”, explicou.
Segundo a Polícia Civil, Francisco estava sumido desde o dia 23 de maio. Ao ser questionada sobre o desaparecimento, a esposa dele contou à polícia que ele havia viajado. “Ela me contou, bastante nervosa, que ele teria ido para o Maranhão de moto. Como são 2 mil km de moto, achamos a história bem esquisita”, explicou Vinícius.
No dia da morte, Francisco foi atraído para o local com a desculpa de fazer um serviço para o dono da chácara. O local ficava a 300 metros da residência de Francisco e da esposa. Ao irem até o local em que o corpo estaria enterrado, a polícia encontrou o dono da chácara e um casal. Este casal, que são as outras duas pessoas que participaram do crime, já havia sido preso anteriormente por outro homicídio.
Prisão
No total, quatro pessoas foram presas em flagrante pelo Grupo de Investigação de Homicídios de Águas Lindas. O dono da chácara e o filho menor do casal, no entanto, estão foragidos. Os envolvidos devem responder pelos crimes de ocultação de cadáver, homicídio e corrupção de menores.
A investigação apontou que os filhos não gostavam do pai. “Os filhos não gostavam do pai, e para eles, o amante era como se fosse um pai, porque cuidava deles e os mantinham em um estilo de vida razoável”, disse o delegado. Além disso, os jovens alegaram que, durante a infância, o pai batia muito neles e na mãe.