Um parque aquático localizado na cidade de Caldas Novas, no sul do estado, foi condenado a indenizar em R$ 263 mil uma mulher que ficou paraplégica após sofrer acidente em um de seus toboáguas.
Com o impacto da descida, a auxiliar de produção, cuja identidade não foi revelada, caiu de joelhos na piscina e sofreu ferimentos nos sistemas intestinal e urinário.
Além disso, a juíza Renata Farias Costa Gomes de Barros Nacagami, da 3ª Vara Cível e de Família e Sucessões da comarca de Valparaíso de Goiás, determinou o pagamento de pensão vitalícia no valor de R$ 1.215 à vítima.
De acordo com os autos da Ação de Reparação Civil, a mulher sofreu o acidente nas dependências do parque da empresa ao utilizar o toboágua denominado “Anaconda”. Segundo a vítima, a piscina tinha tamanho desproporcional para suportar o impacto da descida do escorregador aquático. A juíza, ao analisar vídeos, constatou a que, de fato, havia uma desproporção de tamanho da piscina diante do toboágua, que possui queda livre.
“Assim, resta evidente que a responsabilidade da requerida pela prestação precária de serviços, tanto em relação à estrutura do toboágua posto à disposição dos banhistas (consumidores), quanto ao atendimento de primeiros socorros”, vez que a acidentada foi socorrida por terceiros desconhecidos que se encontravam no local, bem como por ter sido encaminha ao hospital sem os devidos cuidados.
Ela foi colocada numa prancha, acomodada na traseira de um Fiat Fiorino para ser transportada até a Unidade de Pronto Atendimento – UPA de Caldas Novas, informa a decisão.
A justiça também verificou o laudo de avaliação emitido pelo Corpo de Bombeiros para funcionamento do clube.
Nele consta uma lista com diversas melhorias e reparos que deveriam ser efetuadas pelo parque, a exemplo da disponibilização de guarda-vidas suficientes para visualização de todas as piscinas e a restrição e monitoramento de acesso e áreas circundantes de toboáguas e demais brinquedos.