A Justiça condenou uma mulher por raptar a bebê da amiga, em Santa Maria (DF), e usar a criança para pedir doações na cidade de Luziânia (GO). A sentença é de 4 anos e 8 meses de prisão em regime fechado, além de multa.
O caso ocorreu em 9 de setembro do ano passado e a mulher tinha 26 anos na época do crime. De acordo com o processo, ela era amiga da mãe da criança e morava no mesmo lote que a mulher e a filha. No dia do sequestro, pediu para ir com a bebê até uma loja de celulares. O passeio deveria durar 30 minutos, mas a jovem não retornou.
Segundo as investigações, a mulher começou a percorrer locais com a menina, ora dizendo tratar-se de sua filha e outras vezes falando que a criança era de sua irmã. Depois, levou a bebê até a cidade de Luziânia, onde passou a pedir doações aos moradores.
Ao perceber o sequestro, a mãe da criança acionou a polícia e pediu ajuda nas redes sociais para localizar a filha e a amiga. Por três dias, a suspeita e a criança desapareceram até serem identificadas. A menina foi encontrada “muito maltratada, suja, assada, com picadas de mosquito e com as mesmas roupas”, segundo o processo.
Na decisão, o juiz afirmou que "não há espaço para dúvidas quanto à materialidade e autoria dos fatos". Na visão do magistrado, a acusada confessou ter subtraído a criança, com fim de colocá-la em lar substituto.
Foi considerado, também, que o crime envolveu situação de maus-tratos contra a criança. Isso porque, a bebê estava em fase de amamentação, mas foi forçada a se alimentar com leite de vaca vencido e comida estragada. O magistrado afirmou que a mulher "arriscou a vida e a integridade física" da bebê.
Por esse motivo, embora a decisão seja em 1ª instância, a mulher não poderá recorrer em liberdade.