“Jeitinho brasileiro” ou pequenas corrupções? Uma postagem no Facebook gerou debate na internet ao contar o caso de uma mulher que trapaceou uma campanha feita por um banco em São Paulo. A foto com o relato tem mais de 70 mil curtidas e 15 mil compartilhamentos e mostra uma mulher que usou a identidade de outras pessoas para conseguir bebidas gratuitamente.
Segundo a paulistana Natália Bilibio, de 27 anos, que postou a história na rede social, ela estava, na última quinta-feira (8), em um dos pontos de ônibus que recebeu uma máquina do banco Santander de distribuição de Gatorades.
A máquina é abastecida diariamente, qualquer pessoa pode conseguir uma garrafa da bebida isotônica. Para isto, basta informar o CPF. Conforme a empresa, o sistema foi adotado para garantir que o maior número de pedestres tivesse acesso ao produto, uma vez que, desta forma, cada pessoa teria uma quantidade limitada de unidades.
“Vi uma mulher com uma sacola de pano, dessas de supermercado, usando o CPFs de amigas para retirar o maior número possível de Gatorades (marca de bebida isotônica) de uma máquina instalada ao meu lado”, contou.
A mulher já teria pegado duas garrafas antes de começar a ligar para outras pessoas. Natália contou que ela deve ter retirado, pelo menos, dez unidades deixando as demais pessoas na fila sem o produto. A cena a deixou indignada. “Perguntei se ela estava com a consciência tranquila. Ela disse que sim. A partir daí, começou a me xingar e gritar comigo. Nossa discussão durou cerca de dez minutos, até eu tomar o ônibus de volta para casa. Ela continuou me xingando e gritando da rua.”
Natália resolveu postar a foto ao chegar em casa para questionar os “jeitinhos” encontrados para levar vantagem. “As pessoas defendem o fim da corrupção, mas não se dão conta de que suas próprias atitudes são corruptas”, escreveu.
"São pessoas como essa que faz esse país andar pra trás. Existem pessoas como ela que fazem com que NADA nesse país de certo", compeltou.
Por meio de comentários, diversas pessoas criticaram a atitude da mulher. “O famoso ditado 'farinha pouca, meu pirão primeiro'. Muito feio. Não é o mundo que está difícil e ruim. São as pessoas que habitam nele que estão se tornando cada vez mais intratáveis e menos altruístas. Pobres de espírito, pobres de afeto pelo próximo”, comentou uma mulher. Frases como “o problema do Brasil é o brasileiro” também se multiplicaram.