O mercado de trabalho é um verdadeiro desafio para as mulheres. Além de terem mais dificuldade de conseguir emprego, elas receberem menos do que os homens e, para complicar ainda mais a vida delas, um estudo apontou que as trabalhadoras mais produzidas recebem 20% a mais que as outras que não são atenadas na moda.  

A pesquisa foi realizada pelos sociólogos Jaclyn Wong da Universidade de Chicago e Andrew Penner  da Universidade da Califórnia. Mais de 14 mil pessoas, de ambos os sexos, foram entrevistadas e a maioria afirmou que associa a apresentação da mulher a sua capacidade profissional. Mesmo que sua aparência não tenha nada a ver com a atividade que exerce. Ou seja, o tempo que é dedicado à maquiagem, ao cabelo e a escolha da roupa, está intimamente relacionado ao seu aumento (ou não) na conta bancária.

Estudos realizados no passado também revelaram que indivíduos atraentes têm muitas vantagens na vida. Na escola são as mais populares e até quando se envolvem em algum crime, costumam receber sentenças mais curtas e novas oportunidades ao deixarem a cadeia. Os pesquisadores acreditam que isso acontece porque a beleza está relacionada à inteligência, confiança e esses sentimentos fazem com que as pessoas passem a agir com mais compreensão.

No entanto, a aparência tem impacto mínimo na carreira dos homens. Segundo o estudo dos sociólogos Wong e Penner, eles sofrem apenas “metade do que no caso das mulheres”.

Desigualdade

No ano de 2018, o rendimento médio das mulheres ocupadas com idade entre 25 e 49 anos foi de R$ 2.050, o equivalente a 79,5% da remuneração recebida pelos homens, de R$ 2.579. As mulheres são maioria na população em idade de trabalhar no Brasil, 52,4% das pessoas nessa faixa etária no quarto trimestre de 2018, mas se mantiveram como a maior parte da população que estava fora da força de trabalho (64,7%).