O frio chegou e esquentou as vendas de roupas de inverno em Goiás. Somente na Região da 44, as vendas aumentaram cerca de 20%, segundo dados da Associação Empresarial da Região da 44 (AER44), em comparação com o mesmo período do ano passado. Porém, os clientes que procuram as peças tanto no varejo como no atacado têm encontrado também preços mais altos do que os praticados em 2021.
Além do consumidor de Goiânia, que não estava preparado para a queda na temperatura, há até compradores de outros Estados reforçando a demanda. “Quando chega esse período em que esfria no Brasil, em maio e junho, as pessoas antes deixavam de vir para 44 e procuravam o Sul de Minas Gerais. Porém, nos últimos anos, começamos a produzir roupas de frio e numa crescente”, pontua o vice-presidente da AER44, Lauro Naves.
Ele explica que há até confecção que produz peças para enfrentar temperaturas mínimas como as encontradas na região Sul do País e que têm saído para Goiás com a situação inesperada. “Mas ao chegar o frio estávamos preparados, inclusive recebemos pessoas do Espírito Santos, Minas Gerais e Mato Grosso para comprar roupa de frio.”
A alta na demanda, por outro lado, reacende a tendência de ter produção diferente da rotineira, como classifica, e chama atenção para o trabalho de qualificação dos profissionais. Se o volume ainda permite conseguir preços competitivos, Lauro pontua que também houve alta de 15% a 18% em média nos valores praticados em comparação com o ano passado.
“Com alta produção, conseguimos negociar, mas teve aumento de custos”, diz. De acordo com a coordenadora das Lojas Balada e Muchacha, com unidade no Mega Moda, Mônica Brito, desde a embalagem até o algodão e o transporte trouxeram acréscimo. Mas houve preparação para atender o mercado sem precisar subir o preço com a alta pontual da demanda. “Estávamos preparados, não para um frio tão intenso, mas com coleção outono inverno e fizemos até ação promocional com peças paradas no estoque”, relata.