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Operação prende coordenador, fecha clínica clandestina e resgata mais de 30 pacientes em Anápolis

Reprodução
32 pacientes foram resgatados de uma clínica clandestina em Anápolis

Uma clínica clandestina para dependentes químicos localizada em Anápolis, a 55 quilômetros de Goiânia, foi fechada nesta quarta-feira (3), durante uma operação conjunta entre as polícias Civil e Militar, Ministério Público, Vigilância Sanitária Municipal, e Conselhos Regionais de Medicina, Enfermagem, Psicologia. Na ação, 32 pacientes foram resgatados, muitos deles apresentando ferimentos. 

Segundo informou o promotor de Justiça Marcelo de Freitas, os internos estavam sendo mantidos em cárcere privado, uma vez que as internações eram involuntárias e a clínica não possuía alvará de funcionamento, nem técnico responsável.  

O coordenador da clínica foi preso durante a ação. Agora, a Polícia Civil está tentando localizar os proprietários do local. Como não foram divulgados nomes, o Daqui não conseguiu entrar em contato com os envolvidos. 

De acordo com o promotor, os internos foram encontrados em situação degradante, “machucados, lesionados e até com sarna”.  

“Uma situação periclitante, uma situação desumana. Foram encontrados pacientes com lesão, não sabemos a origem dessas lesões, mas sem cuidado. Há suspeita de que pacientes em surto eram amarrados, inclusive pacientes com marcas nos calcanhares. Sem nenhum responsável técnico, sem nenhum tipo de apoio médico, tanto que houve a necessidade de acionamento do Samu para encaminhar parte desses pacientes para a unidade de pronto atendimento”, explicou. 

O Ministério Público reiterou que essa mesma clínica já havia sido interditada anteriormente, mas voltou a funcionar de forma clandestina após mudar a administração. Essa foi a 25ª operação do tipo realizada em Anápolis. 

Sobre o destino dos internos, o promotor explicou que aqueles que, porventura, não sejam procurados por familiares, serão encaminhados para a rede de atenção psicossocial do município, na qual existem equipes especializadas para o atendimento desses pacientes. 

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