O pai de uma das vítimas do ataque terrorista em Paris, em 13 de novembro, decidiu abrir um processo por reparação contra Google, Facebook e Twitter. Reynaldo Gonzalez perdeu a filha Nohemi, de 23 anos, e alega que as empresas deixaram o Estado Islâmico realizar o atentado responsável pela morte de 130 pessoas na capital da França, já que boa parte do discurso e propaganda do grupo é veiculada pelas três ferramentas.
Gonzalez afirma que as multinacionais estariam cientes de que os terroristas recrutam membros e publicidade por meio delas, ainda assim não impede que isto aconteça.
Em entrevista para o jornal Folha de S. Paulo, o advogado do pai da vítima relatou que “elas têm consciência do que está sendo feito, e é possível limitar a habilidade do Estado Islâmico de utilizar esses sites”.
As empresas dizem que não é possível monitorar todo o conteúdo compartilhado nas redes. A justificativa também é contestada pelo advogado. “Essas empresas têm como princípio exibir anúncios de acordo o perfil do usuário. Como não conseguem analisar os posts?” questiona.
Esta não é a primeira vez que as ferramentas são acusadas de envolvimento nos atos terroristas, a viúva de uma vítima de um ataque na Jordânia também fez a mesma avaliação.