Pais de adolescentes que estudam em uma escola estadual de Rondônia, Roraima, acionaram o Ministério Público do Estado (MP-RO) para pedir a proibição de um livro de ciências que trata de educação sexual.
Segundo o G1, mais de 150 responsáveis assinaram o abaixo assinado por considerar que as ilustrações de pênis, autoexame de mama e do órgão reprodutor feminino são inapropriadas. Os estudantes têm em média 13 anos.
A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) alegou que o livro, válido até 2019, não pode sofrer censura ou ter páginas retiradas, pois isto seria inconstitucional. O livro teria sido escolhido de forma democrática por vários profissionais de educação.
Uma mãe ouvida pelo G1 afirmou que achava o conteúdo impróprio porque os estudantes ainda seriam “crianças”. Ela acrescentou que o assunto deveria ser tratado apenas para alunos de 16 e 17 anos ou que as informações deveriam ser repassadas em casa.
A polêmica se tornou ainda maior porque alguns pais são contrários à proibição. A mãe de uma aluna diz que o objetivo de material como este é instruir os jovens e evitar a gravidez na adolescência.
“Eu sou favor de se manter o livro, talvez se esses adolescentes tivessem mais instrução sobre sexualidade não teríamos um país com tanta gravidez na adolescência. Uma amiga da minha filha engravidou com 12 anos. Se ela tivesse alguma noção sobre sexualidade, e também métodos anticoncepcionais, a gravidez dela poderia ter sido evitada. Então como mãe eu não posso ser contra esse livro”, contou Luana Amorim ao G1.
O MP-RO informou que vai avaliar o caso.