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Passagem será mantida em R$ 4,30 em 2023 na Grande Goiânia

Wildes Barbosa/ O Popular
Passageiro do transporte coletivo de Goiânia, usando o bilhete único

A tarifa pública do sistema metropolitano de transporte coletivo de Goiânia deverá ser mantida em R$ 4,30 para 2023, independente do valor da tarifa técnica, que é o calculado a partir do contrato de concessão.

A diferença entre eles vai ser bancada pelo subsídio de responsabilidade do Estado de Goiás e das prefeituras de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Senador Canedo, instituído neste ano. A decisão de manter o valor custeado pelos usuários é garantida pelo presidente da Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos (CDTC) e secretário da Secretaria Geral de Governo (SGG), Adriano da Rocha Lima.

Ele confirma que o provável aumento da tarifa técnica com novo cálculo a ser realizado pela Agência Goiana de Regulação (AGR) não vai causar alta para o usuário. O presidente pretende que o cálculo seja feito em janeiro próximo.

“Não sabemos ainda quanto vai ser, quanto vai aumentar o subsídio, mas independente disso vamos manter os R$ 4,30. Até porque acreditamos que não é algo que vai variar muito, dentro da ordem de grandeza. O número de passageiros aumentou nesse ano e isso diminui o valor, teve queda no combustível, a inflação ainda é alta, mas não em um valor muito grande. Vai ficar mais ou menos dentro do que esperamos”, avalia Lima.

A tarifa técnica hoje é calculada em R$ 7,26 e, com isso, o subsídio pago pelo poder público é de R$ 2,96 por passagem a ser custeada. Por ano, o poder público gasta cerca de R$ 265 milhões com estes valores.

Em um cálculo básico, a estimativa é que a tarifa técnica tenha um reajuste entre 5% e 10%, o que causaria uma variação entre R$ 7,66 e R$ 7,99. Com isso, ao invés dos R$ 2,96, o valor do subsídio por cada passagem paga seria entre R$ 3,36 e R$ 3,69. “Não tem expectativa de aumento grande, neste ano teve o recurso federal para a gratuidade do idoso também, o que reflete no cálculo.”

Lima afirma que não haverá impeditivo para a manutenção do valor pago pelo usuário, nem mesmo pelas prefeituras participantes. Sobre o subsídio pago atualmente, o presidente da CDTC afirma que o Estado tem pago regularmente os valores destinados e o mesmo ocorre com Goiânia. “A informação é que Senador Canedo pagaria e que Aparecida de Goiânia também, que já teria aprovado a legislação para fazer o pagamento também. Não tenho a confirmação de que já efetuaram, mas está tudo certo para fazer”, diz.

Esses recursos iniciados neste ano, além de ter mantido a tarifa pública em R$ 4,30, também permitiu os novos serviços, como o Bilhete Único, Passe Livre do Trabalhador e Meia Tarifa.

Serviços

Na última semana, foi iniciado o serviço de Meia Tarifa na cidade de Nerópolis, a segunda da região metropolitana a receber o benefício. O primeiro município atingido foi Senador Canedo, em meados de setembro. O presidente da CDTC acredita que até o primeiro trimestre do próximo ano as demais cidades com linhas internas contarão com o benefício.

A próxima cidade deverá ser Trindade e depois Goianira. Lima estima que isto deve ocorrer nos próximos 40 dias, mas vai depender do calendário, em razão do final de ano.

A outra etapa será realizada em Aparecida de Goiânia e a última a receber o serviço de Meia Tarifa será Goiânia. “Essas cidades são mais complexas, especialmente Goiânia, então precisa de mais tempo para estudar, fazer os testes. Mas até ano que vem, no primeiro trimestre, todos os serviços já vão estar à disposição dos usuários. Nosso foco agora é o Meia Tarifa.”

Existia a expectativa de iniciar o CityBus 3.0, que consiste em serviço de transporte coletivo sob demanda com integração ao sistema metropolitano, ainda em novembro, mas Lima conta que foi necessário mais tempo em razão da necessidade de mais testes com o software utilizado.

Os demais produtos que foram divulgados em fevereiro deste ano com a expectativa de serem lançados um a cada mês, de acordo com o presidente da CDTC, não possuem dificuldades técnicas para serem lançados, mas que ficaram para depois em razão do foco no Meia Tarifa.

“Primeiro a gente queria lançar um por mês, mas a gente percebeu que demora um tempo para o usuário assimilar cada serviço, se adaptar, como foi com o Bilhete Único, o Passe Livre do Trabalhador. Então foi preciso esperar mais”, afirma. Não há prazo para a implantação dos demais serviços, como os bilhetes semanal e diário e o Bilhete Família, em que até 5 pessoas poderão usar a mesma passagem aos finais de semana.

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