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Passe Livre do Trabalhador deve ter adesão de 4,8 mil empresas na Grande Goiânia

Wildes Barbosa
Novo permite fazer até 240 viagens mensais, com o limite de oito por dia, em um tempo de 30 dias

Cerca de 4.800 empresas da região metropolitana de Goiânia devem aderir ao Passe Livre do Trabalhador (PLT), o novo serviço do sistema de transporte coletivo. Ao todo, o sistema SitPass possui atualmente 8 mil cadastros de pessoas jurídicas. A possibilidade de aderir ao PLT começa no próximo dia 13 de maio, quando os empregadores poderão optar pela novidade ou manter o sistema atual, em que é pago o número de passagens concedidas ao funcionário no valor de R$ 4,30 cada.

Por lei, as empresas devem conceder o transporte aos seus servidores, que têm descontado 6% do salário. Essa situação não muda com o PLT, mas há um maior número de viagens disponíveis e um custo menor para o empregador. O novo serviço tem taxa fixa de R$ 180 e o usuário pode fazer até 240 viagens mensais, com o limite de 8 por dia, em um tempo de 30 dias. Ou seja, será possível utilizar em domingos, feriados e para transportes além da ida e volta ao trabalho.

Na opção atual, a empresa arca, normalmente, com duas passagens diárias aos funcionários, correspondendo com a ida e a volta ao local de trabalho. Neste caso, se há o traslado por 20 dias no mês o custo é de R$ 172 e, por isso, para quem recebe o vale transporte por mais que esse período mensal, passa a ser mais benéfico cadastrar no PLT. O presidente da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), Tarcísio Abreu, relata que atualmente o ticket médio do vale transporte pago pelas empresas na região metropolitana de Goiânia é de R$ 222, o que corresponde a ida e volta de trabalhadores por cerca de 26 dias mensais.

Nesse caso, a opção pelo PLT traria um desconto de 18,92% ao empregador. Válido lembrar que para o trabalhador não há mudança quanto ao desconto de 6% do salário. Com o preço fixado, o novo serviço passa a ser benéfico à empresa no caso dela fornecer mais de 41 passagens mensais aos seus funcionários. Abreu afirma que ainda não é possível estimar quando os empregadores vão aderir ao novo serviço, pois depende de um planejamento de cada empresa. A estimativa de 60% de adesão é baseada no valor gasto mensalmente, em que esse índice é o que custeia acima dos R$ 180 fixados para o PLT.

“É um benefício para o trabalhador também, além do valor a ser custeado. O empregador deve pensar que é mais uma coisa a oferecer, como uma vale alimentação, seguro de saúde. Ouvimos do setor empresarial isso, que mais do que salário é preciso oferecer benefícios”, afirma o presidente da CMTC.

O PLT é o segundo serviço lançado pelo sistema metropolitano desde a reformulação dele, iniciada em janeiro deste ano. Em abril foi iniciado o Bilhete Único, que permite o uso de até 5 passagens em um período de 2h30, possibilitando a realização de integrações fora dos terminais, por exemplo. Para o próximo mês, a CMTC ainda não definiu qual produto vai ser lançado, o que depende dos estudos técnicos a serem feitos.

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