A Polícia Civil vai apurar se houve imprudência ou negligência nos cuidados com a pequena Maria Cecília Freitas Caetano, de cinco meses, que morreu após passar mal na casa da babá, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Segundo a corporação, foi instaurado um inquérito policial para esclarecer a causa e as circunstâncias da morte da menina.
O nome da babá não foi divulgado, por isso a reportagem não conseguiu um posicionamento dela até a última atualização desta reportagem.
O caso é investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). A delegada Kênia Segantini, responsável pelo caso, informou que inicialmente, o laudo médico não constatou vestígios de morte violenta, mas disse que aguarda os exames complementares anatomopatológicos que serão feitos em Goiânia.
Maria Cecília Freitas Caetano morreu na madrugada do último sábado (24). Segundo a mãe, Gessiana Freitas, ela teria passado mal enquanto estava na casa da babá com a mãe da mulher e com outras duas crianças, de oito e doze anos, e um adolescente, de 15. A mãe registrou um boletim de ocorrência.
"Eu quero descobrir o que aconteceu com a minha filha. Meu filho, que também estava lá, me contou que minha filha estava dormindo com as outras crianças maiores. Uma neném de cinco meses dormindo com todos os três filhos da babá. Ele me disse que chegou a ver a Maria Cecília com a boquinha toda roxa", contou a mãe, à TV Anhanguera.
Morte
A mãe é auxiliar de serviços gerais e trabalha durante a noite. À TV Anhanguera, ela contou que na sexta-feira (23), por volta das 17h, ela deixou a bebê e outro filho, de 5 anos, aos cuidados da babá. Na madrugada, o marido da babá ligou para ela e disse que a bebê havia engasgado que precisou ser socorrida e levada para atendimento médico.
"Não foi nem a babá quem me ligou, foi o marido dela. Disse que minha filha tinha passado mal e que ela estava com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) morrendo. Falou no maior descaso", lamentou a mãe.
Em seguida, a mãe da Maria Cecília ligou para a babá, que disse não estar em casa, mas que a neném estava aos cuidados da mãe dela e dos três filhos que ela tem. Segundo a mãe, a babá informou que a mãe dela estava acostumada a ajudar a 'olhar' as crianças que ela pega para cuidar.
O Samu levou a criança para uma unidade de pronto atendimento (UPA) da cidade, mas quando a mãe chegou na unidade, a neném já estava morta. A mãe contou ainda que os médicos tentaram reanimar a filha por cerca de 2h. Ao conversar com a equipe médica, a mãe disse que foi informada que a possibilidade de engasgamento havia sido descartada.
Segundo ela, o sentimento é de revolta. "Você confia seus filhos a uma pessoa e sai para trabalhar. Aí, recebe uma notícia dessas e tem que buscar seu filho morto. Eu quero saber o que aconteceu com a minha filha", disse.
A Polícia Científica do Estado de Goiás informou que foi realizada necropsia e exames complementares para concluir a causa da morte.
Em nota, a Fundação Universitária Evangélica (FUNEV), gestora da UPA Perfil Pediátrico lamentou o ocorrido e informou que Maria Cecília deu entrada na unidade na madrugada do dia 24 de junho, levada pelo Samu, já sem sinais vitais e em parada cardíaca. Foram realizadas manobras de ressuscitação cardiorrespiratória por quase uma hora, porém sem sucesso. O óbito foi constatado às 2h da manhã e o corpo foi encaminhado ao IML.
Nota da Funev
Em primeiro lugar, a Fundação Universitária Evangélica (FUNEV), gestora da UPA Perfil Pediátrico, demonstra sua consternação e lamenta o ocorrido. Externamos nossos profundos sentimentos à família enlutada, e rogamos a Deus que conforte os familiares.
A menor M.C.F.C, de 5 meses, deu entrada nesta unidade a 1h09 do dia 24/06, madrugada de sábado, trazida pelo SAMU sem sinais vitais, em parada cardíaca.
Foram realizadas manobras de ressuscitação cardiorrespiratória por quase uma hora, porém sem sucesso. O óbito foi constatado às 2h e o corpo foi encaminhado ao IML.