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PM que teve corpo devorado por cães foi baleado na cabeça, diz delegado

Divulgação
Clédio tinha 50 anos. Ele entrou na Polícia Militar em 2020 e, atualmente, estava na reserva

O policial militar aposentado Clédio Vilela Cardoso, de 50 anos, que morreu e teve o corpo encontrado após ser devorado por cachorros, foi morto com um tiro na cabeça, apontou um laudo levantado pela Polícia Científica. Segundo o delegado do caso, Tibério Martins, a partir dos elementos colhidos na cena do crime, o fato passa a ser investigado como homicídio e não suicídio.

O crime aconteceu no dia 21 de abril, na fazendo em que ele morava sozinho, em Pirenópolis, no Entorno do Distrito Federal (DF). O corpo foi descoberto depois de amigos sentirem a falta do policial nas missas da igreja. 

Na época, a polícia considerava a hipótese de que o policial teria tirado a própria vida, pois ele havia perdido o filho, em 2019, e ainda passava pelo luto. 'Ele perdeu o filho em 2019 e, depois disso, os amigos falam que ele não ficou muito bem da saúde mental', disse o investigador, no início das investigações.

Contudo, com o resultado do laudo que apontou a causa da morte e a ausência da arma no local levaram a polícia a acreditar que ele foi morto. 

"O laudo foi divulgado e consta que ele foi vítima de um disparo de arma de fogo. Um tiro na região frontal da cabeça, isso foi a causa da morte. [...] Foi o crime de homicídio porque a arma de fogo desapareceu do local. Se fosse um suicídio, a gente teria localizado ela lá”, explicou Martins.

Condenado por matar colega 

Em 2012, o policial foi condenado pela morte do colega de farda, em Corumbá de Goiás, no Entorno do DF. De acordo com o delegado, a polícia não descarta que esse caso tenha ligação com a morte. 

"Temos várias linhas de investigação justamente por isso. Ele foi policial, certamente esteve envolvido em várias prisões. Teve essa questão da condenação que envolvia ele, a forma como ele foi desligado [da polícia militar], depois continuava morando aqui na cidade”, apontou o delegado. 

Ossada 

De acordo com o delegado, Clédio entrou na Polícia Militar (PM) em 2000 e, atualmente, estava na reserva. Segundo as investigações, a vítima foi vista pela última vez por uma vizinha no último dia 8 de abril.  

Segundo Tibério, a ossada do policial militar estava caída no chão da área externa do imóvel ao lado de uma mesa e uma cadeira. O investigador explicou que provavelmente Clédio teve um mal súbito e caiu.  

O delegado relatou ainda que a vítima criava seis cachorros na propriedade rural e que os animais estavam sem alimentação há pelo menos duas semanas. 

 

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