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Polícia indicia 14 pessoas por crimes ambientais no Morro do Mendanha

Divulgação/PCGO
Investigações iniciaram no final de 2021 após denúncias de desmatamento

A Delegacia Estadual do Meio Ambiente (Dema) indiciou nesta quinta-feira (12) 14 pessoas, que moram ilegalmente no Morro do Mendanha, em Goiânia, por crimes ambientais. O delegado Luziano Severino descreve que invadiram e estão causando danos à Área de Proteção Ambiental (APA).

As investigações iniciaram no final de 2021 após denúncias de desmatamento, porte de arma, queimadas e invasão de áreas ambientais. O investigador destaca que, além desses crimes, as equipes ainda identificaram construções irregulares e lançamento de esgotos na área.

Segundo Luziano, entre os 14 indiciados estão líderes religiosos e moradores. “Havia construções de alvenaria, igrejas e barracos. Têm construções no topo e nas encostas do morro que tem relevante valor ecológico”, revela o investigador ao explicar como essas edificações prejudicam o solo.

“Quando se constrói em encostas, por exemplo, há um corte e uma movimentação no solo. Quando se faz aterramento, é pior ainda. Nossa preocupação também é com os moradores, pois essa situação provoca processos erosivos, ou seja, deslizamentos que oferecem riscos à essa população”, afirma.

Além disso, o investigador destaca a importância ecológica do Morro do Mendanha. Segundo ele, o local abriga animais e plantas de espécies nativas, que sofrem devido à presença humana. “Deixem o Morro do Mendanha em paz”, enfatiza Luziano.

Os 14 indiciados vão responder pelos crimes previstos nos Artigos 48 e 64 da Lei de Crimes Ambientais. De acordo com o delegado, eles dizem respeito a impedir ou dificultar a regeneração natural de áreas ambientais e a construir em locais de grande valor ecológico, paisagístico ou turístico.

Luziano fala ainda sobre a importância dessas ações imediatas, mas ressalta que são necessárias mudanças em longo prazo para defender o meio ambiente. “O futuro ambiental de Goiás está no presente. Temos que ser mais firmes, pois não podemos ser omissos com essas contruções”, finaliza.

Divulgação/PCGO
Equipes ainda identificaram construções irregulares e lançamento de esgotos na área
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