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Polícia inicia investigação contra o marido da mulher que matou as filhas em Edéia

Reprodução
Izadora e as duas filhas, Maria Alice e Lavínia

O marido da mulher que confessou ter matado as duas filhas de 6 e 10 anos, em Edéia, a 126 km de Goiânia, será investigado por um suposto relacionamento abusivo. Izadora Alves de Faria foi indiciada, na última quinta-feira (6), pela Polícia Civil, por duplo homicídio qualificado.

O delegado responsável pelo caso, Daniel Moura, explica que o novo inquérito sobre o marido não tem relação com as investigações da morte das pequenas Maria Alice Alves de Souza Barbosa e Lavínia Souza Barbosa. “Não tem a ver com o primeiro caso, que já foi concluído e a mãe indiciada”, afirmou.

Durante a audiência no Ministério Público de Goiás (MPGO), o juiz Hermes Pereira Vidigal ressaltou que Izadora alegou viver um relacionamento abusivo e que, por isso, resolveu tirar a vida das filhas. Ela fará um exame de insanidade mental para constatar se poderá responder criminalmente pelas mortes.

“Instauramos o inquérito e vamos ouvir os familiares para entender como era a relação entre os dois. Temos que apurar o que eram esses abusos que ela disse para verificar como era o relacionamento. Porém, este caso é sigiloso e o que a gente apurar, será encaminhado para o poder judiciário”, finalizou Daniel.

Relembre    

O caso aconteceu no dia 27 de setembro, em Edéia, a 126 km de Goiânia. O pai das pequenas Maria Alice Alves de Souza Barbosa, de seis anos, e Lavínia Souza Barbosa, de 10, as encontrou mortas em um colchão. As meninas teriam sido envenenadas, afogadas e, por fim, esfaqueadas pela mãe.

A mulher foi encontrada em um matagal próximo à casa e, segundo a Polícia Civil (PC), ela tinha sinais de ferimentos que indicam que ela tentou suicídio. Atualmente, a mulher está internada no Hospital Psiquiátrico Wassily Chuc, em Goiânia, após tentar se matar dentro do presídio para onde foi levada após a prisão.

As investigações foram finalizadas e a mãe indiciada por duplo homicídio qualificado. “Ele poderá ter um aumento de pena por não ter dado chance de defesa e por ter usado um meio cruel, além do fato das vítimas serem menores de 14 anos e filhas da autora”, afirmou o delegado Daniel Moura.

Defesa

A Defensoria Pública de Goiás (DPE-GO) assumiu a defesa de Izadora na última terça-feira (4). Em nota, o órgão afirma que assumiu o caso após um pedido expresso da família da mulher. Como o nome do marido investigado não foi divulgado, a reportagem não conseguiu localizar a defesa dele.

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