A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Aparecida de Goiânia, investiga um suposto estupro de um pai contra sua filha de quatro anos. A suspeita foi levantada depois que a criança se queixou de coceiras na genitália e foi submetida a um exame em uma clínica da cidade, nesta segunda-feira (28).
O relatório médico verificou uma suspeita de abuso sexual e a direção da clínica acionou a Guarda Civil Municipal (GCM). A criança e a ex-namorada do pai, que estava responsável pela menina no momento da ocorrência, foram encaminhadas à delegacia e um inquérito policial foi instaurado para apurar o caso.
Ex-namorada procurou exame
A mãe da criança mora no estado do Tocantins. Em Aparecida, a menina fica sob os cuidados do pai e de sua ex-namorada, que se apegou à criança e continua ajudando a cuidar. De acordo com a delegada Thaynara Andrade, que conduz as investigações, a criança passou uma semana com a ex-namorada do pai e começou a se queixar de coceiras na genitália. A mulher resolveu procurar atendimento médico.
Os médicos que examinaram a menina constataram uma suspeita de abuso sexual. Após a instauração do inquérito, o pai e uma tia foram ouvidos. À polícia, o pai negou as acusações e disse que nos últimos dias havia se encontrado com a filha apenas no domingo à noite.
Laudo do IML
De acordo com a Polícia Civil, o exame do Instituto Médico Legal (IML) apontou que não há elementos para determinar a ocorrência de violência sexual e que a condição verificada na criança é normal. O Conselho Tutelar não constatou alterações no comportamento da menina, que contribuiu com os exames e apresentou tranquilidade.
Uma representação foi encaminhada ao Poder Judiciário requisitando autorização para que a criança possa prestar depoimento, com devido acompanhamento multiprofissional. Os médicos que analisaram a menina também serão intimados. A criança está sendo acompanhada pelo Conselho Tutelar e está sob cuidados da família do pai. Para a delegada Thaynara Andrare, que conduz as investigações, a ex-namorada disse que o homem é um bom pai e que não sabe o que poderia ter ocorrido.
O que dizem os citados
A defesa do homem apontado como suspeito não foi localizada. O espaço segue aberto.