A Polícia Federal prendeu o prefeito de Formosa, Gustavo Marques de Oliveira (Podemos), de 36 anos, por porte ilegal de arma de fogo, na noite de terça-feira (1º). Isso porque, o político tentou embarcar no Aeroporto Internacional de Fortaleza - Pinto Martins com uma pistola calibre 9mm, mas não tinha autorização para isso. Em depoimento, ele disse que comprou a arma durante o período da pandemia da Covid-19, pois recebeu ameaças de morte.

O jornal entrou em contato com os advogados de Gustavo Marques e aguarda retorno. A reportagem também pediu um posicionamento da Prefeitura de Formosa, onde o político é gestor, mas não recebeu uma resposta.

Além da pistola, a polícia apreendeu 15 munições e um carregador. De acordo com o auto de prisão em flagrante, obtido com exclusividade pela CBN Goiânia, o prefeito alegou à polícia que durante o período da pandemia de Covid-19 recebeu pelo menos cinco ameaças de morte. Por conta disso, buscou obter um porte de arma de fogo para se proteger.

A Polícia Civil de Goiás confirmou que o prefeito Gustavo Marques registrou duas ocorrências por ameaça. Uma delas em 2020 e outra em 2021. A corporação, no entanto, não divulgou o conteúdo dos relatos.

Após ter recebido o porte de arma, Marques afirma que comprou a pistola 9mm e também uma calibre 380, que havia deixado em casa. Disse também que, no momento da compra, foi informado que a autorização "cobria" todas as armas que estivessem em seu nome e era válida em todo o Brasil.

No entanto, a Polícia Federal informou que o prefeito vai responder por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. Se condenado, pode cumprir pena de até seis anos de prisão.

A reportagem entrou em contato com o partido Podemos, do qual Marques faz parte, em busca de um posicionamento. Até o momento, não houve retorno.

Viagem em aeronave particular

Ainda em depoimento, o prefeito contou que saiu de Formosa com destino à Fortaleza (CE) na segunda-feira (31), em uma aeronave particular de um conhecido. Na ocasião, não precisou apresentar nenhuma documentação referente ao porte de arma.

Mas, ao embarcar de volta para Goiás na noite de terça (1º), foi informado no aeroporto que sua documentação não era suficiente para isso.