O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), demitiu 129 comissionados na noite da quarta-feira (1º). Estão na lista indicados pelo bloco Vanguarda. Outras 39 pessoas foram dispensadas de funções de confiança. O decreto com as exonerações consta no Diário Oficial do Município (DOM).
Entre os comissionados que perderam o cargo está Diogo Franco, que ocupava o posto de secretário de Desenvolvimento e Economia Criativa. Diogo é irmão de Igor Franco, líder do Vanguarda. Gizza Lemos, esposa do vereador Welton Lemos (Podemos), também foi exonerada do cargo de chefe de gabinete do Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (Imas).
Além de Franco e Lemos, o bloco também é formado atualmente por Lucas Kitão (PSD), Gabriela Rodart (PTB), Paulo Magalhães (UB) e Markim Goya (Patriota).
Nos bastidores, a decisão do chefe do Executivo é vista como decisão de Cruz para atender demanda de 28 vereadores aliados do presidente da Câmara de Goiânia, Romário Policarpo (Patriota). Na última semana, membros do Vanguarda se empenharam em ataques e questionamentos a decisões tomadas pela atual mesa diretora.
Líder do prefeito, Anselmo Pereira (MDB) afirma que não é contra a formação de blocos, mas destacou que “aglutinações devem ser feitas para o crescimento do Poder Legislativo”. Pereira disse ainda que a Câmara foi contaminada nos últimos dias “pela emoção”. O vereador ainda ressalta que a decisão foi do Executivo e aposta na pacificação do cenário nos próximos dias.
Igor Franco afirmou que o bloco não tem preocupação com cargos no Paço Municipal. Segundo o parlamentar, os vereadores não foram avisados sobre as exonerações. No entanto, relatou que vereadores ligados a Policarpo sabiam sobre a decisão do prefeito porque comentaram o assunto na Câmara na quarta, antes da publicação do decreto.