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Presbítero é preso em Goiás suspeito de matar 11 pessoas a mando de quadrilha

Divulgação/Polícia Civil
Trabalho de Flávio Severino da Silva como pastor o afastava de suspeitas sobre atuação como pistoleiro

Um ex-presbítero de igreja evangélica, de 30 anos, foi preso na quarta-feira (20) em Quirinópolis, no Sudoeste goiano, por suspeitas de envolvimento na morte de 11 pessoas em Pernambuco, somente em 2023. A Operação Juízo Final feita pela Polícia Civil (PC) de Pernambuco aponta que o suspeito, Flávio Severino da Silva, agia como pistoleiro para uma quadrilha, matando rivais desse grupo.  

"Na época dos crimes, ele morava em Paraíba e trabalhava como presbítero de uma igreja evangélica. Assim que o líder da quadrilha da qual ele fazia parte morreu, o investigado fugiu para Goiás e conseguiu emprego de soldador em uma empresa de Quirinópolis, onde morava a aproximadamente 300 metros de distância da delegacia", segundo do delegado Thiago Henrique Costa, responsável pelo caso.  

A PC acredita que algumas das vítimas não faziam parte de facções rivais e não estavam envolvidas em crimes. Uma delas teria sido morta por engano e outra por ser considerada denunciante dos crimes da facção.

"Era o perfil dele a execução de mais de uma pessoa em uma mesma ocasião, cometendo duplos, triplos e quádruplos homicídios”, informa o delegado.

As ordens para as mortes partiam de dentro dos presídios, segundo a investigação. Imagens de como ele agia nas execuções foram gravadas por câmeras e são considerasas provas pelos policiais. 

Em Goiás

Flávio estava em Goiás em torno de um mês e meio, de acordo com o que foi descoberto pelo delegado Thiago Henrique. “Ele seguia uma rotina da casa para o trabalho, não se deslocava muito pela cidade de Quirinópolis” comenta o investigador.  

Não há informações sobre crimes cometidos por Flávio em Goiás.  

O delegado informa também que já pediu a transferência do suspeito para Pernambuco, onde deve responder pelos assassinatos.  O suspeito não tinha passagens criminais anteriores aos crimes como pistoleiro da organização criminosa.

"É justamente essa a surpresa. Ele não tinha antecedentes criminais e levava essa vida acima de qualquer suspeita, era um religioso e foi um choque para o pessoal da igreja dele que jamais imaginou que ele fosse capaz dessas ações” revela Thiago Henrique.  

A Polícia Civil (PC) informou que nenhum advogado se apresentou para defender Flávio, até a última atualização dessa matéria. Por isso, o Daqui não conseguiu localizar a defesa do suspeito. 



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