O Procon Goiás suspendeu, por sete dias, a venda de novos planos de saúde de uma empresa em todo o estado após denúncias de superlotação em um hospital. De acordo com o órgão, está é a segunda vez que a Hapvida é autuada, após fiscalização no Hospital Jardim América, em Goiânia. Caso não comprove melhorias, o Procon informou que a suspensão pode ser prorrogada e a multa pode chegar a R$ 11 milhões.
"Pacientes aguardavam por horas. Foi percebido o descaso e má prestação de serviço e devido a má prestação de serviço e demora em atender os pacientes essa empresa foi autuada. O atendimento continua normal [para quem já tem o plano]", explicou o gerente de fiscalização do Procon Goiás, Antonísio Teixeira, em entrevista à TV Anhanguera.
Em nota, a Hapvida informou que está à disposição do Procon-GO para esclarecimentos. Sobre as fiscalizações, disse que "tem reforçado o número de médicos, equipes de atendimento e colaborado com as informações solicitadas, tendo em vista que, nas últimas semanas, toda a rede pública e privada de saúde têm enfrentado um aumento importante nas demandas de urgência e emergência".
Em nota enviada à TV Anhanguera, a Hapvida disse que tem reforçado o número de médicos, equipes de atendimento e tem colaborado com as informações solicitadas pelo Procon. Também afirmou que, nas últimas semanas, toda a rede pública e privada de saúde, tem enfrentado um aumento importante nas demandas de urgência e emergência causada pelos quadros epidemiológicos que assolam o país e afirmou que a autuação está sendo analisada e prestará os devidos esclarecimentos ao Procon.
O jornal também tentou contato com o Hospital Jardim América, mas nossas ligações não foram atendidas.
A ação, em parceria da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), aconteceu na segunda-feira (15) em continuidade à uma operação realizada na última sexta-feira (12), quando a fiscalização foi até o hospital e autuou a empresa pela primeira vez. Porém, conforme o Procon, a equipe recebeu novas denúncias de superlotação na unidade que continuou com demora e falta de atendimento.
Segundo o Procon, durante a operação de sexta, os agentes constataram que não havia serviço de triagem no pronto-atendimento, o que contraria normas da Agência Nacional de Saúde (ANS). Também identificaram falta de lençóis em leitos de internação, equipamentos, como medidor de pressão, estragados, e manuseio de medicamentos e seringas em bandejas que estavam em cima de lixeiras.
Denúncia
Em casos de denúncias, o cliente deve entrar em contato com o Procon pelos telefones 151 (Goiânia) e (62) 3201-7124 (interior). O registro também pode ser feito pela internet, por meio da plataforma Procon Web.
Nota da Hapvida na íntegra
"A empresa informa que respeita e está à disposição do Procon-GO para quaisquer esclarecimentos, em nome do absoluto compromisso com a saúde dos seus beneficiários.
A respeito das fiscalizações realizadas nos últimos dias, esclarece que tem reforçado o número de médicos, equipes de atendimento e colaborado com as informações solicitadas, tendo em vista que, nas últimas semanas, toda a rede pública e privada de saúde têm enfrentado um aumento importante nas demandas de urgência e emergência, causadas por quadros epidemiológicos que assolam o país.
A autuação está sendo analisada e a Companhia prestará os devidos esclarecimentos ao órgão, bem como vem adotando todas as medidas necessárias ao aprimoramento e adequação dos serviços prestados na unidade."