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Projeto de extensão da UFG produz brinquedos educativos para alunos dos CMEIs

Engenheiros da Infância
Materiais recicláveis são utilizados no desenvolvimento motor das crianças.

O projeto “Engenheiros da Infância” tem ajudado a construir sonhos de muitas crianças dos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI) da cidade de Goiânia. Até 2020, o projeto já desenvolveu ações em 11 CMEIs da capital, atingido mais de 400 crianças, por meio da transformação de materiais recicláveis em diversão e aprendizado.

Fruto de um projeto de extensão da Universidade Federal de Goiás (UFG), o programa venceu a etapa estadual e ocupou o segundo lugar na fase nacional da 2ª edição do Prêmio Sebrae de Educação Empreendedora. Os Engenheiros da Infância transformam garrafas pet, tampinhas plásticas, MDF e caixas de leite em brinquedos utilizados no desenvolvimento motor das crianças. 

Além disso, o projeto coordenado por Daniel Fernandes da Cunha, professor da Escola de Engenharia Elétrica, Mecânica e Computação da UFG, busca ajudar também a infraestrutura das escolas. “Vale ressaltar que as demandas de infraestrutura vão desde brinquedos recicláveis a infiltrações em paredes, pisos de concreto cedendo e espaços tomados por objetos sem nenhuma previsão de conserto. Torna-se impossível uma equipe assumir todas as responsabilidades da Secretaria de Educação”, explica Daniel.

De acordo com ele, foco é auxiliar esses centros, mas algumas demandas não cabem ao projeto. Para o CMEI Cecília Meireles, por exemplo, foi feita a melhoria da acústica das salas de aulas e a climatização de pátios. Além de auxiliar os alunos, a estrutura da escola, o projeto visa também a diminuição do descarte de resíduos com potencial para a reutilização. 

Fabricação dos brinquedos

O projeto, antes nomeado “Educação Integrada - A Universidade de volta à Educação Infantil”, cresceu e passou a se chamar  “Engenheiros da Infância”. De acordo com o idealizador do projeto, a ideia inicial surgiu de seu acompanhamento às aulas da esposa que é pedagoga, pensado em formas de facilitar o trabalho dela e de outros pedagogos da rede púbica.

“O conhecimento da área de Engenharia e as máquinas disponíveis nos laboratórios das universidades podem reduzir o tempo gasto na preparação das atividades e reduzir o esforço dos profissionais”, afirmou o professor. A iniciativa utiliza duas metodologias: uma para a fabricação dos kits de brinquedos e outra para as intervenções na infraestrutura.

Antes da fabricação, uma pesquisa é feita para decidir o modelo e os materiais que podem ser utilizados. Após a seleção para escolha do CMEI, utilizando critérios como localização, quantidade de crianças atendidas e análise das necessidades expostas, há uma visita ao local para entender as particularidades da escola e dos alunos.

Após esse momento, os participantes e alunos voluntários iniciam a busca e arrecadação dos materiais. Em seguida, utilizam os espaços laboratoriais da Engenharia Mecânica para a fabricação dos brinquedos, integrando também alunos de fora da engenharia. A fase final é a entrega dos kits e a interação do grupo com as crianças.

Além de vencer a etapa estadual e ficar em segundo lugar na fase nacional da 2ª edição do Prêmio Sebrae de Educação Empreendedora, o projeto também foi divulgado na capa da Revista Expressa Extensão, da Universidade Federal de Pelotas.

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