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Quase um terço dos goianos ainda não entregou declaração do Imposto de Renda

Weimer Carvalho/O Popular
Supervisor do IR, Jorge Martins indica ter cuidado com o tempo para evitar sobrecarga

O prazo para a entrega do Imposto de Renda (IR) termina em duas semanas, no dia 31 de maio. Porém, quase um terço dos goianos ainda não acertou as contas com o Leão. Conforme dados da Receita Federal, até às 15h desta segunda-feira (16), 736.963 documentos foram entregues em Goiás. 

Esse número representa 68% do total esperado. Supervisor do Programa do Imposto de Renda da Receita Federal em Goiânia, Jorge Francisco Martins explica que a situação é semelhante e até um pouco melhor do que o encontrado em anos anteriores, quando o porcentual de entrega era menor. 

“O prazo se estendeu e com isso aconteceu um esvaziamento após a prorrogação, por isso já tinha uma entrega considerável”, reforça. O período de entrega do IR teve início em 7 de março e a data para o envio da declaração era 29 de abril. Porém, o governo decidiu esticar até o fim de maio. 

Pontos de atenção
Uma das preocupações deste ano, como explica Jorge Martins, está na concorrência nas contabilidades. “Em condições normais, as declarações iriam somente até abril. Mas agora tem pessoa física e jurídica também com vencimento em maio, o que pode gerar sobrecarga para os contadores”, alerta. 

Porém, no que se refere ao sistema que recebe as declarações, o supervisor afirma que não há nada que possa prejudicar. “A preocupação é com quem deixar para levar os documentos para os contadores em cima da hora. Outro ponto de atenção que observamos é que o tempo de preenchimento da declaração neste ano está maior do que no ano anterior.” 

De acordo com ele, uma das possíveis justificativas seria o fato de que houve aumento nas aplicações no mercado de ações. “Isso dá um pouco mais de trabalho. Mesmo que a pessoa saiba como fazer, é uma declaração que leva um tempo maior, o que pode influenciar na entrega deste ano.” 

Orientação 
Apesar de faltar pouco tempo para a entrega, Jorge Martins orienta que é preciso cuidado com as escolhas. “Em relação à documentação, se não tem todas as informações, tem de preencher com o que tem. Se fizer zerada, sem nada, isso é grave, porque não tem noção exata se era melhor simplificada ou completa e depois do prazo não pode mudar. Por isso, indicamos fazer o mais próximo possível da realidade”, pontua. 

Quem precisa fazer a declaração do Imposto de Renda 

- Recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70
- Possui rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte acima do limite de R$ 40 mil 
- Obteve receita bruta anual decorrente de atividade rural acima de R$ 142.798,50
- Pretenda compensar prejuízos da atividade rural deste ou de anos anteriores com as receitas deste ou de anos futuros 
- Teve a posse ou a propriedade de bens ou direitos  acima de R$ 300 mil 
- Obteve ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto
- Optou pela isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro, no prazo de 180 dias
- Realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas.
- Passou à condição de residente no Brasil, em qualquer mês, e nessa condição se encontrava em 31 de dezembro de 2021

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