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Queixas por buracos em Goiânia triplicam

Wesley Costa / O Popular
Buraco na Avenida C-8, no Setor Sudoeste

Do dia 1° de dezembro de 2022 e até o dia 9 de janeiro deste ano, a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) havia recebido 1.329 solicitações para a realização do serviço de tapa-buracos nas ruas de Goiânia. O número dá uma média de 33 pedidos por dia. Após isso, as reclamações somadas de janeiro e fevereiro de 2023 somaram 5.845 buracos a serem consertados na capital, uma quantidade que gera uma média diária de 99 problemas, ou seja, três vezes mais do que havia entre o final do ano passado e o começo deste ano. As chuvas intensas e a demora na manutenção asfáltica explica o aumento dos problemas.

Em janeiro, ao todo, foram 3.086 pedidos para tapar buracos recebidos pelo SAC da Seinfra e pelo aplicativo Prefeitura24H. No mês seguinte, com três dias a menos em comparação ao anterior, as solicitações chegaram a 2.759. Apesar do número de buracos que permanecem na cidade, o serviço de tapa-buracos também tem tido maior produtividade. A Seinfra informa que atualmente, 120 servidores trabalham na operação tapa-buracos, em dois turnos que atendem diariamente, em média, 20 setores. Até o final de janeiro, o número de servidores na operação era 100.

Somente em janeiro deste ano, foram tapados 27.290 buracos em ruas e avenidas de Goiânia, enquanto que em fevereiro foram 35.341 problemas solucionados. Ou seja, nos dois primeiros meses deste ano, uma média de 1.061 buracos foram tapados por dia pela Seinfra na capital. Essa quantidade é 14% maior do que o serviço realizado no começo de 2020, quando a média diária de problemas no asfalto de Goiânia que recebeu o serviço de tapa-buracos chegou a 931 por dia. Isso pode significar o aumento da efetividade da Prefeitura ou a maior quantidade de problemas espalhados nas ruas.

De acordo com a Seinfra, “apesar do número de buracos ter aumentado no período chuvoso, não houve aumento estatisticamente significativo no número de buracos em relação ao mesmo período de anos anteriores”. Como comparação, em todo o ano de 2021, a Seinfra tapou 209.389 buracos, uma média de 17.450 por mês, enquanto que em 2022 foram 200.974, ou seja, 16.747 a cada mês, o que demonstra uma queda na estatística que pode ser explicada tanto por não ter tantos buracos quanto pela dificuldade em realizar o serviço demandado.

Apenas nos últimos três dias, a reportagem verificou a existência de diversos buracos espalhados em todas as regiões de Goiânia. Avenidas de intenso fluxo de veículos da capital, como T-63, 85, T-9 e Perimetral Norte estão entre as que mais recebem reclamações e relatos dos motoristas. Na Avenida 85, por exemplo, até pelo menos na manhã desta quinta-feira (2), havia um buraco na trincheira do Viaduto Latif Sebba, conhecido como Praça do Ratinho. A situação também existe na Avenida T-63, especialmente na região do Jardim América, Nova Suíça e Pedro Ludovico.

Segundo a Seinfra, a secretaria tem até 12 dias úteis para atender os pedidos que chegam à administração, mas informa que “o prazo de resposta tem sido de, no máximo, uma semana”. Por outro lado, há casos de buracos que passam de um mês sem solução, embora não seja possível verificar se a demanda chegou até o conhecimento da Seinfra. No cruzamento da T-63 com a Rua C-182, na pista do meio de quem trafega do Parque Anhanguera para o Setor Pedro Ludovico, um buraco próximo à faixa de pedestres permaneceu por cerca de 20 dias.

Duas quadras depois, já próximo à Praça Wilson Sales, no Setor Nova Suíça, outro problema no asfalto existe em frente ao ponto de ônibus. No mesmo trajeto, após o Viaduto João Alves de Queiroz, conhecido como Praça do Chafariz, há dois buracos na pista mais próxima ao canteiro central antes do cruzamento com a Avenida Couto Magalhães. A reportagem também verificou problemas em locais como nas avenidas Vera Cruz, no Jardim Guanabara, Independência, no Setor Central, e Perimetral Norte. Ainda há relatos de buracos na Avenida C, do Residencial Belvedere, na Rua C-235, no Nova Suíça, na Rua Patriarca, da Vila Regina e de vias dos setores Sudoeste, Crimeia Leste, Vila Nova, Bueno, Oeste e outros.

A Seinfra ainda explica que “a maior parte do asfalto de Goiânia tem entre 20 e 50 anos, com manutenções realizadas apenas com operações tapa-buracos, motivo pelo qual a administração Rogério Cruz executou 72, 94% do programa de 630 km de recuperação da malha viária de Goiânia”. O Programa Goiânia Adiante, anunciado em outubro do ano passado, tem entre as obras de infraestrutura, o projeto de restauração de mais 500 km, com a estimativa de ser iniciado ainda neste ano.

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