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Rita Lee, além de 'Rainha do Rock', foi também rainha das polêmicas

Divulgação
Rita Lee Jones

Com os marcantes óculos redondos, o cabelo vermelho na altura dos ombros e os versos sensuais, a capricorniana e cética Rita Lee se consagrou como a "Rainha do Rock" brasileiro. Mas, além dos discos e da ousadia nas letras que falavam abertamente sobre sexo e prazer em plena ditadura militar, ela também nunca se curvou para ninguém e sempre disse (e fez) o que quis. Afinal, além de ícone da música brasileira, ela também foi a "ovelha negra da família".

Era 1976, e a ditadura promovia uma extensa repressão aos opositores do regime quando Rita Lee, aos 28 anos, foi presa sob a acusação de portar maconha. Na época, ela estava grávida de três meses de seu primeiro filho, Beto Lee, fruto do relacionamento com Roberto de Carvalho.

Em uma entrevista para a Folha de S.Paulo em 1997, a artista disse que foi tudo armado, pois "estava grávida e, como boa hippie, não fazia uso de qualquer droga na ocasião". Apesar disso, ela já admitiu, mais de uma vez, que já experimentou drogas —apesar de não recomendar aos mais jovens fazê-lo, pois "não se fazem mais drogas como antigamente".

Em 2006, em uma entrevista para o programa "Fantástico" (Globo), Rita afirmou que sua saída da banda Os Mutantes ocorreu por meio de expulsão, com a justificativa de que ela não tinha "virtuosismo para instrumentos". Já em uma entrevista para Jô Soares, Rita descreveu o episódio como "machismo puro".

"Eu nunca tive uma técnica, sempre tive intuição musical. E, naquela época, não tinha muito espaço para quem não tinha técnica. Então, nos Mutantes era difícil, teve uma época que eu só era convidada a tocar pandeiro, machismo puro."

Sempre questionadora das autoridades, Rita Lee foi processada por policiais militares do Sergipe depois que ela interrompeu um show para condenar as ações de policias que revistavam a plateia, em 2012.

No mesmo ano, a cantora virou notícia ao abaixar as calças no palco durante um show em Brasília. Depois do episódio, ela foi ao Twitter dizer aos "reacionários" que perdeu patrocínio por conta do ocorrido.

"Alegrai-vos, reacionários, perdi o patrocínio de um banco porque mostrei a bunda. Nunca tive padrinho, nunca fui amiga de cartola, nunca recebi incentivo, nunca fiz teste do sofá. Bye bye mini tour 'Reza'", escreveu.

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