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Rua 44 terá mão única e perderá ilha, em Goiânia

Wesley Costa
Rua 44, em Goiânia: mudanças no trânsito preveem criação da vagas de estacionamento

A Prefeitura de Goiânia iniciar nesta quarta-feira (24) as obras de revitalização do trânsito da Região da 44. As mudanças incluem alteração de sentido das vias, retirada de canteiro central e a criação de novas vagas de estacionamento.Para cada árvore que for retirada, outras dez devem ser plantadas. A previsão é de que as intervenções iniciais sejam concluídas em 30 dias.

A gestão das obras será de responsabilidade da Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM), que vinha estudando a região nos últimos meses. A conclusão da pasta é de que as intervenções devem priorizar os pedestres e garantir maior fluidez na circulação de veículos.

A Avenida 44 concentra as maiores modificações. O canteiro central será retirado e as quatro faixas que atualmente são de mão dupla serão reduzidas a três, que passarão a ser de sentido único, ligando as avenidas Oeste e Independência. Com o espaço livre será feito o alargamento da calçada do comércio e a criação de vagas de estacionamento.

Formando o que é chamado de “binário”, a Avenida Contorno também será transformada em via de sentido único, em mão contrária à avenida que dá nome ao polo de modas, ligando as avenidas Independência e Oeste (veja quadro). Os semáforos das vias agora serão de dois tempos, o que também deve contribuir para melhor fluidez do trânsito na região.

Também nesta etapa está previsto a instalação de três faixas de pedestre elevadas na altura das calçadas. O secretário municipal de Mobilidade, Horácio Mello, explica que as faixas elevadas não têm o objetivo específico de reduzir a velocidade dos veículos. “Elas servirão para evidenciar a prioridade do pedestre”, aponta.

As adaptações são apontadas como necessárias há alguns anos, já que o polo cresceu de forma desenfreada e segue sendo ampliado. A estimativa é de que cerca de 10 mil veículos circulam diariamente pela região. Sendo em torno de 6 mil carros de passeio, 4 mil motocicletas e 120 ônibus que chegam ao Terminal Rodoviário de Goiânia.

Estacionamento

O número de vagas de estacionamento na 44 não está definido, mas deve se estender ao longo de toda a via. “Ainda estamos analisando se teremos vagas para ônibus, qual será a dimensão dos carros que poderão parar”, explica Horácio. Como certeza está a forma de cobrança do estacionamento, que deve ser feito pelo modelo de área azul, com pagamento de talões.

“O objetivo é conseguir um controle da rotatividade, porque o que percebemos são carros que param 7 horas e saem apenas às 19 horas. Queremos que qualquer um possa chegar e rapidamente achar sua vaga e depois sair quando já tiver feito o que precisava”, acrescenta o secretário de Mobilidade.

Calçadas

Também não está claro de quanto será o alargamento da calçada da 44. “Não é um alargamento tão grande como estávamos pensando inicialmente, mas ao longo dos estudos faremos ajustes finos”, diz Horácio, sem estimar a largura da via de pedestres após as obras de revitalização.

O alargamento de calçadas também deve ser feito em vias perpendiculares como as ruas 300, 69A, José Sinimbu Filho e 67B. As faixas de pedestre elevadas também podem ser implantadas em outros locais.

Zona 40

Outra mudança que só deve ser definida futuramente é a possibilidade de a implementação de uma Zona 40 na região. A medida já é realidade no Setor Central, com limitação de velocidade em um grande perímetro. A redução de velocidade é uma demanda da Associação Empresarial da Região 44 (AER-44), que pede mais segurança para os pedestres.

O presidente da AER-44, Lauro Naves Dias, explicou que a segurança precisa ser reforçada com mais atenção no trecho da Avenida Leste-Oeste. “Pelo fluxo diário, precisa ser uma via de sentido mais lento, por isso, é preciso (implantar) faixas para a redução de velocidade”, argumenta. A avenida cruza a Praça do Trabalhador e os principais shoppings da região.

O secretário de Mobilidade diz que a pasta não tem certeza sobre a implementação da Zona 40. A definição deve vir após estudos sobre como o trânsito respondeu às adaptações que serão feitas nas próximas semanas. “Ainda não está batido o martelo”, diz.

Análise

Outras mudanças ainda estão em análise. Entre elas está a alteração de sentido das ruas 300, 69A, José Sinimbu Filho e 67B. A definição de como ficará o sentido delas é considerado “ajuste fino” por Horácio. O gestor explica que as equipes irão observar a demanda de cada vida durante as próximas semanas. Para a rua 67B, por exemplo, se seguirá de mão única ou será transformada em mão dupla.

“Ainda estamos estudando o fluxo. Algumas dessas vamos ter decisão mais para frente, mas todas elas terão o sentido alterado.

A 44 sempre precisará de intervenções. Já estamos pensando em 2023. O prefeito fez o compromisso de transformar algumas vias, de dar mais espaços de calçada”, destaca o secretário de Mobilidade.

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