Em referência ao Dia Mundial de combate à Tuberculose, nesta quinta-feira (24), a Secretaria de Saúde de Goiás (SES-GO) anunciou que disponibilizará um novo teste para a realização do diagnóstico da infecção latente – quando a pessoa está infectada com o bacilo da tuberculose e ainda não adoeceu. Trata-se do IGRA (Ensaios de Detecção de Interferon Gama), que avalia a resposta imune ao bacilo causador da doença. Além disso, neste ano o Sistema Único de Saúde (SUS) passou a oferecer um plano mais curto para o tratamento da infecção latente.
A secretaria ressalta que a detecção e o tratamento precoce da doença são fundamentais para a cura eredução da transmissão para outras pessoas, em especialmente os de convívio regular.
Segundo a SES-GO, em qualquer unidade básica de saúde e com distribuição de medicamentos exclusivamente pelo SUS, a doença pode ser tratada e curada. A vacina BCG não oferece eficácia de 100% na prevenção da tuberculose pulmonar, mas sua aplicação em massa permite a prevenção de formas graves da doença, como a meningite tuberculosa e a tuberculose miliar (forma disseminada) nas crianças até os 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade.
O tratamento dura no mínimo 6 meses, dependendo da forma clínica da doença. O tratamento, quando iniciado, não deve ser interrompido. O abandono do tratamento é prejudicial ao indivíduo, mas também à saúde pública, pois não interrompe a cadeia de transmissão e pode evoluir para uma possível resistência aos medicamentos utilizados para a doença.
Casos
Considerada o mal do século XX, a doença matou milhões de pessoas em todo mundo. Hoje, embora tenha cura e tratamento gratuito, a tuberculose permanece um problema de saúde pública.
De acordo com os dados apresentados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o primeiro das Américas em número de casos, reunindo 33,4% dos novos registros que foram notificados, e integram um grupo dos 20 países com o maior número de casos no novo mundo.
Em Goiás, embora os dados da SES-GO apontem baixa nos números de casos, a pasta acredita que a redução pode ser em função das restrições impostas pela a pandemia de Covid, que abalou na detecção de novos casos.
Em 2019, foram apontados 960 novos casos de tuberculose; em 2020, foram 925 e em 2021, foram 900 novos casos de tuberculose em Goiás, que concentra menos causas, dentre os demais Estados do País.
Entre as ações promovidas para combater a doença, a SES afirma que faz a busca de pacientes em abandono de tratamento e orientem sobre a vacinação, a prevenção e a conscientização. “A Coordenação de Doenças Negligenciadas da Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa) tem despertado em profissionais de saúde e a população para dobrarem a atenção aos sintomas respiratórios que podem se aparentar com os da Covid-19, como tosse persistente”, reforçou a SES-GO.
Sobre a doença
A tuberculose é uma doença transmitida por meio de uma bactéria que afeta principalmente os pulmões e que pode piorar, sem um diagnóstico precoce e tratamento adequado, levando até ao óbito.
A transmissão ocorre pelas vias aéreas superiores (ao tossir, falar ou respira). Os principais sintomas são o surgimento de uma tosse persistente, com ou sem a presença do catarro, que evolui para a perda acentuada de peso, febre no período da tarde e suor excessivo no período noturno.
Thaynara Mesquita é estgiária de jornalismo do convênio GJC/UniAraguaia