A Polícia Civil indiciou o secretário executivo de Mobilidade de Trânsito de Aparecida de Goiânia, Sérgio Carvalho, por homicídio culposo no caso do Wellington Oliveira, de 27 anos, que morreu esmagado por um ponto de ônibus no município no último dia 8 de março. A informação da conclusão das investigações foi confirmada pelo delegado Antônio André dos Santos Júnior.
“Foram feitas várias diligências como perícia de local, de engenharia e ouvidas várias testemunhas”, disse o delegado.
A reportagem entrou em contato com a prefeitura do município e por meio de nota foi informado que “o secretário executivo de mobilidade e trânsito de Aparecida informa que não tem ciência sobre a finalização do inquérito e que irá responder às autoridades do caso no momento que for solicitado”.
Relembre o caso
O jovem Wellington Oliveira, de 27 anos, morreu após ser esmagado por um ponto de ônibus que caiu na manhã do último dia 8 de março. Segundo testemunhas, o jovem ia tomar café com colegas quando foi atingido pela estrutura no momento em que abriu a porta para descer do carro.
O homem era funcionário de uma empresa de engenharia, que presta serviço para a Prefeitura de Aparecida de Goiânia. O Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBM-GO) foi acionado e confirmou o óbito no próprio local.
Na época, em nota enviada ao jornal, a Prefeitura de Aparecida disse que lamenta a fatalidade e se solidariza com a família do trabalhador. “ A Prefeitura de Aparecida informa que o sistema de transporte coletivo na Região Metropolitana é de responsabilidade e operado pelo Consórcio Rede Mob sob fiscalização da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC). Esclarece ainda que esse tipo de abrigo de concreto não foi instalado na época pela prefeitura”.
Também em nota, a CMTC informou que a manutenção, realocação e instalação dos pontos de ônibus são de responsabilidade das prefeituras. “Cabe à CMTC, como órgão gestor, planejar a marcação de pontos e coordenar a instalação desses equipamentos, em atendimento à Política Nacional de Mobilidade Urbana”, afirmou.
A CMTC ainda informou que iniciou uma avaliação minuciosa de todos os abrigos da Região Metropolitana para cobrar e ajudar as prefeituras a solucionar os problemas estruturais dos equipamentos.