O número de roubos e furtos à residencias em Goiás sofreu um aumento de 160% nos últimos cinco anos, gerando um clima de insegurança que tem sido um dos principais motivos para que os goianos preferiram cada vez mais morar em condomínios
Hoje, um antigo simbolo de segurança, um cofre de metal maciço, é apenas uma peça de decoração em futuro empreendimento imobiliário na Vila Jaraguá, em Goiânia. Isso porque o combate à insegurança nos dias atuais não se restringe ao mero cuidado com valores monetários e joias.
Atualmente, a violência urbana não se limita a horários e nem locais específicos, invadindo nossas residências a qualquer hora. Números divulgados pela imprensa no início deste ano, com base em estatísticas da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP), apontam que o roubo à residencias foi o tipo de crime que mais cresceu em Goiás nos últimos cinco anos, alcançando uma variação de 162,2%. Em Goiânia, nesse mesmo período, o aumento foi de 150,4%; e de 357%, em Aparecida de Goiânia.
Esse com certeza é o principal motivo com que as pessoas, cada vez mais, optem por apartamentos ou condomínios horizontais fechados, ao invés de casas. É o que explica a corretora e gerente de novos produtos da URBS RT Lançamentos Imobiliários, Nara Cardoso. “Entre os nossos clientes, ouvimos muito esse tipo de depoimento de que as pessoas querem mais segurança, mais tranquilidade. Acho que 40% dos compradores têm a questão da segurança como principal motivo para mudar de uma casa para apartamento”.
A gerente explica que para se ter uma casa segura de forma individual demanda um gasto muito grande, nos condomínios esse custo é dividido entre vários moradores e a segurança, muitas vezes, é ainda maior do que numa residência de rua.
A corretora destaca ainda que o item segurança têm tido um apelo cada vez maior na hora da pessoas escolherem um apartamento. “Em Goiânia todos os novos empreendimentos residenciais já são com portaria 24 horas e possuem câmaras de monitoramento. Alguns usam alta tecnologia para levar mais tranquilidade aos seus moradores”, explica.