O Sertão Negro Ateliê e Escola de Artes lança edital para residências artísticas em Goiânia e em um quilombo Calunga, na Chapada dos Veadeiros. São cinco vagas, sendo uma internacional, duas nacionais e duas locais, com bolsa remunerada de até 2 mil reais mensais, de acordo com a modalidade. O programa segue com inscrições abertas até o dia 15 de dezembro.
A ideia da residência é unir artes visuais, meio ambiente e conhecimentos tradicionais. Para isso, propõe uma imersão de uma semana em um quilombo Calunga no município de Cavalcante, e mais três semanas na sede do Sertão Negro, localizada no Setor Shangri-la, região norte da capital. Esta proposta está prevista para ser realizada entre maio e setembro de 2024, nas modalidades nacional e internacional.
São oferecidas duas vagas para a residência na modalidade local, que também contempla essa vivência na comunidade quilombola, com duração de 12 meses e direcionada a artistas ou pessoas residentes em Goiás.
Para isso, o Sertão Negro disponibiliza estrutura, meios para a orientação, a formação e o aperfeiçoamento em arte contemporânea. Com início previsto para maio de 2024, essa modalidade oferece uma bolsa mensal de 2 mil reais.
A vida cotidiana, a relação com a terra, as expressões culturais e religiosas no quilombo farão parte dos processos de pesquisa artística e da prática e poética nos mais diversos suportes e linguagens. Como contrapartida, haverá incentivo à economia local, ao turismo de base comunitária e à valorização de saberes tradicionais.
Durante as três semanas no Sertão Negro Ateliê e Escola de Artes, os artistas residentes (modalidade nacional e internacional) terão acesso a hospedagem em chalés individuais e alimentação. Neste caso, haverá do subsídio no valor de 1,5 mil dólares e o custeio de passagens aéreas. O edital e as orientações para inscrição estão disponíveis no link: https://abrir.link/FOly2
O programa de residência artística do Sertão Negro Edital 2024 é apoiado pelo Open Society Foundations, por meio do Prêmio Soros Arts Fellowship concedido ao artista Dalton Paula, criador do Sertão Negro juntamente com sua companheira Ceiça Ferreira, em 2023.
“A residência tem o intercâmbio entre diferentes territórios, países e culturas; é uma boa oportunidade para os residentes fazerem trocas de conhecimentos e conhecer pessoas. Tem esse caráter de imersão, de sair do seu lugar de conforto e isso tensiona, cria uma situação que pode ser muito favorável para o desenvolvimento de um novo trabalho no quesito criatividade. Tem essa proposta de ser um salto no profundo, de dar densidade para poder desenvolver a pesquisa”, diz Dalton Paula.