O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) espera adesão de cerca de 80% dos servidores administrativo à greve que se inicia nesta terça-feira (27), em Goiânia. O objetivo deles é conseguir um plano de carreira para a categoria.
A informação foi repassada pela presidente do Sintego, Bia de Lima, ao jornal nesta segunda-feira (26). Mães estão preocupadas com os comunicados que têm recebido de que os filhos não terão aulas.
A greve, conforme Bia de Lima, foi definida em assembleia da categoria. O motivo, diz ela, é que a Prefeitura de Goiânia não tem se movimentado no sentido de apresentar uma proposta e que o prazo para alterações salariais se avizinha.
Neste ano, a partir de 5 de abril, os gestores públicos têm restrição de alterar a remuneração de servidores por causa da legislação eleitoral.
Karina Almeida Pereira é mãe de dois meninos, um de 8 anos e outro de 3. O mais novo está matriculado a 3 km de onde moram. “Eu vou à pé ou de bicicleta”, relata ela.
Os dois devem ter o ensino paralisado. Karina, que trabalha como manicure, afirma que a diretora do Centro Municipal de Educação (Cmei) chegou em falar na possibilidade de haver aula no período vespertino para o garoto de 3 anos, mas a mãe diz não ter condições de fazer o trajeto no meio do dia. “O prejuízo pra mim é enorme sem trabalhar”, reclama.
Em 2023, os servidores administrativos já haviam realizado uma greve com duração de 43 dias. Bia de Lima lembra que houve reuniões para tratar do assunto, mas que não houve progresso. “Em janeiro nós tivemos audiência só que nada de novo foi apresentado”, diz.
Reunião
A Secretaria Municipal de Educação de Goiânia (SME) divulgou nota na qual afirma estar agendada uma reunião para “tratar sobre a finalização do Plano de Carreira dos Administrativos da Educação.”
A presidente do Sintego reconhece a reunião, mas afirma que a categoria estava preocupada com o prazo no qual é possível o poder público editar mudanças em carreiras. Ela disse ainda que há um plano na Secretaria Municipal de Administração, mas que não há ciência de andamento do texto.
Na nota, a SME também afirmou que não é possível, ainda, mensurar a quantidade de servidores que vão aderir ao movimento, bem como prever as unidades de ensino que serão impactadas pela mobilização. (Colaborou Gabriella Braga)